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Brasil/ impeachment

Sessão do impeachment começa com tumulto na Câmara

A sessão extraordinária de votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados começou com confusão entre os parlamentares. O presidente da Casa, Eduardo Cunha, chegou a chamar os seguranças. A sessão começou pontualmente às 14h.

Sessão na Câmara começou na hora, mas com confusão.
Sessão na Câmara começou na hora, mas com confusão. REUTERS/Ueslei Marcelino
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília

"Está aberta a sessão sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro", disse o presidente da Câmara. A sessão começou com um plenário cheio, em meio a gritos de "Não vai ter golpe" e "Impeachment já". Os parlamentares cantaram o hino nacional e "Sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor".

Houve tumulto no momento da entrada dos deputados aliados do governo e da oposição, com gritos de guerra: "democracia" pelo lado do governo e "impeachment" pelos da oposição. A segurança chegou a ser reforçada. Policiais legislativos formaram, às pressas, uma linha de isolamento na frente do Plenário da Câmara.

Pouco antes, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse esperar que o resultado da votação saia entre 21h30 e 22h. Ele afirmou que a segunda chamada para deputados que chegarem com atraso ocorrerá ao fim da votação de cada estado e não no fim de toda a primeira chamada dos estados, como queriam os governistas. "Quem não quer votar e estiver ausente, assuma sua ausência", afirmou Cunha, no início da sessão.

Neste momento, houve confusão quando o deputado Orlando Silva foi impedido de falar. Ele ficou frente a frente de Cunha e começou um bate-boca. Depois, foi a vez de o deputado Paulo Teixeira subir e discutir com Cunha. Ele foi retirado por seguranças e houve confusão e empurra-empurra entre parlamentares.

Sem faixas

Em seguida, uma faixa "Fora Cunha" foi estendida atrás do presidente da Casa e ele reclamou. "Será retirada qualquer faixa no plenário", declarou Cunha.

A sessão então prosseguiu com o discurso do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Depois, será a vez dos líderes dos partidos, que terão entre 3 e 10 minutos para falar, dependendo do tamanho da bancada. O primeiro a assumir a palavra foi Leonardo Picciani (PMDB-RJ).

Será concedido mais um minuto para orientação do voto. A votação vai começar por um deputado do estado do Norte, depois do Sul, e vice-versa, passando pelas demais regiões. Cada deputado tem 10 segundos para anunciar o voto no microfone.

Durante a fase de discussões, que começou na sexta-feira e foi até a madrugada deste domingo, foram ouvidos 389 discursos num total de 43 horas. Foi a sessão mais longa da história da Câmara. Se 342 deputados forem a favor do impeachment, o processo segue para o Senado. Caso contrário, é arquivado.
 

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