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Brasil/Crise

PP discute nesta quarta-feira saída do governo Dilma

Depois da ruptura do PMDB com o governo Dilma Rousseff ontem (29), nesta quarta-feira (30) é a vez do Partido Progressista (PP) decidir se continua ou não na base aliada. O Palácio do Planalto multiplica as negociações para evitar que outras legendas abandonem o governo, fragilizando ainda mais a presidente e fortalecendo o processo do impeachment.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, cancelou viagem nesta quarta-feira (30) aos EUA.
A presidente brasileira, Dilma Rousseff, cancelou viagem nesta quarta-feira (30) aos EUA. Antônio Cruz/ Agência Brasil
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília

O ex-presidente Lula, que ainda não sabe se será ministro da Casa Civil, é quem vai tomar a frente das negociações com os partidos da base aliada para evitar que a decisão do PMDB de sair do governo seja seguida por outras legendas. A moeda de troca são os ministérios que ficarão sem comando com a debandada do PMDB. O Palácio do Planalto fala em “novo governo” e promete novidades até sexta-feira (1).

Posição do Partido Progressista

O Partido Progressista se reúne nesta quarta-feira para discutir se continua no governo e como votará no processo do impeachment. O PP, sigla de Paulo Maluf, tem 51 deputados e ocupa a terceira maior bancada da Câmara. O líder da legenda, deputado Aguinaldo Ribeiro, que já foi ministro de Dilma, quer continuar a aliança e defende uma decisão unificada do partido. Mas não será fácil convencer todos os colegas.

Em entrevista à RFI, o deputado Sandes Júnior disse que ainda que a legenda decida apoiar Dilma, não há como segurar o voto dos deputados no plenário durante a votação do impeachment. O voto dele, por exemplo, está certo contra a presidente.

A presidente Dilma cancelou a viagem que faria nesta quarta-feira aos Estados Unidos para participar da Cúpula sobre Segurança Nuclear, em Washington. Em vez disso, vai lançar o Programa Minha Casa Minha Vida 3. Assim, além de mostrar uma agenda positiva de governo, poderá continuar as negociações com aliados e evitar que o vice-presidente, Michel Temer, assuma o comando do Planalto na sua ausência.

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