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Brasil

Posse de Lula na Casa Civil será na próxima terça-feira

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou nesta quarta-feira (16) o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir a Casa Civil. Os dois se reuniram no Palácio da Alvorada pela manhã – os ministros Jaques Wagner, atual chefe da Casa Civil, e da Fazenda, Nelson Barbosa, também participaram do encontro. Lula deve tomar posse na terça-feira (22).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante de sua casa, em São Bernardo do Campo, no dia 13 de março.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante de sua casa, em São Bernardo do Campo, no dia 13 de março. REUTERS/Paulo Whitaker
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília

O anúncio foi realizado pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do Governo na Câmara dos Deputados, em sua conta no Twitter. “Ministro Wagner no dia de seu aniversário mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula nova Ministro da pasta!”, comemorou. 

O Palácio do Planalto confirmou a informação por meio de uma nota oficial: "A presidenta da República, Dilma Rousseff, informa que o ministro de Estado chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, deixará a pasta e assumirá a chefia do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Assumirá o cargo de ministro de Estado chefe da Casa Civil o ex-Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Assumirá, ainda, o cargo de ministro de Estado chefe da Secretaria de Aviação Civil, o deputado federal Mauro Ribeiro Lopes. A presidenta da República presta homenagem e agradecimento ao Dr. Guilherme Walder Mora Ramalho pela sua dedicação."

No Twitter, o PT também confirmou a informação, publicando uma foto de Lula e Dilma juntos.

Dilma diz que Lula fortalecerá seu governo

Em coletiva de imprensa, a presidente Dilma afirmou que Lula terá o compromisso com o controle da inflação e a estabilidade fiscal. "A vinda do Lula para o meu governo fortalece o meu governo", declarou.

O ex-presidente também deve ajudar na articulação política do governo para tentar convencer os parlamentares a não votarem pelo impeachment da presidente Dilma. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira que Lula tem "boas relações com o Congresso".

A chefe de Estado também disse que é uma "inversão de hierarquia" dizer que o juiz Sérgio Moro analisaria as denúncias contra Lula de melhor forma que o Supremo Tribunal Federal. "Ele não pode ter sua biografia destruída dessa forma", completou.

Dilma negou qualquer troca de ministros e disse que tanto o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, quanto o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ficam no cargo.

A presidente declarou ainda que não vai usar as reservas cambiais como remédio para a crise econômica. "Tentam criar uma situação de especulação. Nós continuamos firmes com as nossas reservas, tranquilos e seguros", afirmou Dilma.

Posse acontece na próxima terça-feira

A nomeação de Lula deve ocorrer em uma edição extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira, mas a posse só deve ocorrer na próxima terça-feira (22). A informação sobre a posse foi divulgada pelo presidente do PT, Rui Falcão. Segundo ele, Lula será o “ministro da Esperança”. Jaques Wagner será chefe de gabinete de Dilma.

A ida de Lula para a pasta mais importante do governo era defendida por unanimidade dentro do PT. Ele resistia ao ato, por encontrar dificuldades em se tornar subordinado depois de já ter assumido a presidência da República. Mas depois que as investigações contra ele na Lava Jato passaram para as mãos do juiz Sérgio Moro, de Curitiba, o ex-presidente decidiu aceitar o convite de Dilma.

Ao assumir a Casa Civil, Lula terá foro privilegiado e as denúncias contra ele passam a ser analisadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os petistas negam que Lula tenha virado ministro para fugir das investigações.

Oposição reage

O partido Democratas já entrou com pedido na Justiça Federal para tentar impedir a nomeação de Lula na Casa Civil. A alegação é que a presidente Dilma estaria incorrendo em crime de desobediência e obstrução da Justiça ao nomear Lula para blindá-lo das investigações.

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