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Brasil/Crise

“Não é hora de acirrar os ânimos”, diz Temer na convenção do PMDB

Final de semana decisivo para o governo de Dilma Rousseff. Antes das manifestações da oposição contra a corrupção previstas para amanhã (13) em várias cidades do Brasil, o PMDB realizou neste sábado (12) sua Convenção Nacional, em Brasília. A cúpula do partido determinou prazo de 30 dias para deliberar se rompe ou não com o Planalto. Em um discurso morno, o vice-presidente da República, Michel Temer, fez um apelo aos correligionários do PMDB dizendo que “não é hora de dividir os brasileiros, de acirrar os ânimos”

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o vice-presidente, Michel Temer.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o vice-presidente, Michel Temer. REUTERS/Adriano Machado
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília

Michel Temer discursou neste sábado durante Convenção Nacional do PMDB, em Brasília. Temer pregou também a “união” do partido e disse que essa unidade é mantida quando se admite a pluralidade de ideias. Em nenhum momento ele citou a presidente Dilma ou a operação Lava Jato.

Ainda que a cúpula do PMDB tenha adiado por 30 dias a decisão de deixar ou não o governo da presidente Dilma Rousseff, boa parte dos integrantes da legenda assinou moções defendendo a operação Lava Jato ou pedindo a saída imediata do governo, com a entrega dos cargos. Adesivos com a expressão “Saída Já” foram distribuídos e muitos gritavam “fora PT” durante o evento. Uma dos documentos que circulava entre os peemedebistas dizia que a presidente Dilma está conduzindo o país de forma “desastrosa”.

Pedidos pela renúncia de Dilma

Muitos defenderam a renúncia de Dilma, entre eles, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf. “O melhor para a presidente Dilma fazer para a nação é a renúncia”, disse Skaf. A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que foi filiada ao PT por décadas, afirmou em discurso para a plateia que o impeachment de Dilma “vem tarde”. O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que sempre fez oposição ao governo Dilma, questionou se, com a possível saída do PMDB do governo, haverá renúncia aos cargos. “Vai sair por que do governo? Quantos cargos tem Renan Calheiros? Temer vai renunciar?”, questionou.

Nos bastidores, representantes do PMDB que são contra a permanência do partido no governo acreditam que a presidente Dilma deve deixar o mandato até julho. O PMDB defende candidatura própria à presidência em 2018 e Temer é o mais cotado para sair candidato. Neste sábado a Convenção Nacional do PMDB reconduz Temer na presidência do partido.

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