STF decide nesta quarta-feira se Eduardo Cunha deve virar réu
Esta quarta-feira (2) será um dia decisivo para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Se o Supremo Tribunal Federal (STF) acolher a denúncia contra o deputado hoje, ele se tornará réu de uma ação penal, o que vai aumentar a pressão para que deixe o comando da Câmara.
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília
A popularidade de Cunha está em baixa: 76% dos brasileiros defendem sua renúncia ao cargo, de acordo a última pesquisa Datafolha. Ele é acusado pelo Ministério Público de receber propina de US$ 5 milhões em troca da contratação de navios-sonda pela Petrobras. Se virar réu, Cunha vai responder pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O presidente da Câmara nega as acusações e diz que, mesmo que o STF aceite a denúncia contra ele, vai continuar na presidência da Câmara. Cunha, aliás, tentou adiar o julgamento desta quarta-feira com o argumento de que a data não foi anunciada com antecedência.
A declaração foi rebatida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Segundo o ministro, a pauta foi amplamente divulgada dentro do prazo previsto no regimento interno do STF. O relator do caso, o ministro Teori Zavaski, que negou o pedido de Cunha, lembrou que o inquérito tramita há um ano na Suprema Corte.
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