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Dilma e Obama acertam cooperação em vacina contra vírus zika

A presidente Dilma Rousseff e o presidente americano, Barack Obama, acertaram, na noite de sexta-feira (29), por telefone, a criação de um grupo bilateral de alto nível para desenvolver uma vacina contra o vírus zika.

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que está confiante que o país "ganhará a guerra" contra o zika.
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que está confiante que o país "ganhará a guerra" contra o zika. REUTERS/Adriano Machado
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Segundo comunicado da Presidência brasileira, o grupo trabalhará a partir da cooperação já existente entre o Instituto Butantã e o Instituto Nacional de Saúde (NIH) americano, parceiros no desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. Cientistas já alertaram que a erradicação do vírus é impossível e serão necessários vários anos de testes até que uma vacina esteja disponível.

Um recorde de mais de um milhão e meio de brasileiros contraíram o vírus desde abril passado, e ele se expande explosivamente pela América Latina, com a ajuda do mosquito Aedes aegypti, também transmissor da dengue, da febre amarela e do chikungunya.

Embora geralmente os sintomas do zika sejam leves - febre baixa, dor de cabeça e articulações, erupções cutâneas - há uma suspeita de que as grávidas que contraem o zika podem ter bebês com microcefalia, uma condição congênita irreversível que acarreta em deficiência intelectual. O Brasil investiga, desde outubro, mais de 3.400 casos suspeitos de microcefalia em bebês, contra uma média de 160 casos verificados por ano anteriormente.

Os cientistas também investigam um aumento de casos de síndrome autoimune de Guillain-Barré, que causa paralisia em adultos e que pode estar ligada ao zika.

Grupo defende direito ao aborto para gestantes infectadas pelo zika

Um grupo de pesquisadores, advogados e ativistas anunciou que enviará nos próximos meses um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja autorizado o aborto em casos de microcefalia. A antropóloga Débora Diniz, professora da Universidade de Brasília e representante do grupo, disse que "o grande pecado" do Brasil foi não combater o mosquito transmissor do zika.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o surto pode deixar entre "três e quatro milhões" de pessoas doentes nas Américas. O Peru registrou seu primeiro caso nesta sexta-feira. A OMS fará, na segunda-feira, uma reunião de emergência em Genebra para discutir uma estratégia de combate à epidemia.
 

 

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