Acessar o conteúdo principal
Brasil/Debate

Contra-ataque de Dilma não desestabilizou Marina no debate, diz Le Monde

A imprensa europeia desta terça-feira (2) estima que o contra-ataque da presidente Dilma Rousseff no segundo debate presidencial na TV não desestabilizou Marina Silva, do PSB, que de acordo com as últimas pesquisas venceria a candidata do PT no segundo turno. Para os jornais, a situação da economia brasileira dominou o debate dos presidenciáveis realizado ontem à noite pelo UOL, a Folha de S.Paulo, o SBT e a Rádio Jovem Pan.

O segundo debate na TV entre sete candidatos a presidente no Brasil aconteceu na noite de segunda-feira (1)
O segundo debate na TV entre sete candidatos a presidente no Brasil aconteceu na noite de segunda-feira (1) Reuters
Publicidade

O jornal francês Le Monde, em matéria publicada em seu site nesta terça-feira (2), diz que a candidata à sucessão, Dilma Rousseff, do PT, foi muito mais "combativa e mordaz" do que no primeiro debate. Dilma tentou ficar acima dos outros candidatos e partiu para o ataque contra sua principal adversária. A mudança de estratégia foi imposta pela ascensão fulgurante de Marina Silva nas pesquisas de opinião, analisa a agencia AFP.

O espanhol El País destaca que a petista acusou a candidata do PSB de ser vaga em suas propostas sobre os recursos para financiar suas promessas de campanha. Mas Marina Silva continuou “à vontade e calma” durante as duas horas do debate, avaliam os jornais europeus, e criticou Dilma sobre o péssimo desempenho da economia brasileira.

Recessão brasileira

Todos os diários ressaltam a resposta da presidente, afirmando que o país não está em recessão, apesar do recuo consecutivo do PIB brasileiro nos dois últimos trimestres, e a reação de Marina dizendo que Dilma não assume seus erros.

El País diz que o debate acabou sendo um duelo particular entre as duas candidatas que lideram as pesquisas. Aécio Neves, do PSDB, terceiro colocado nas sondagens, também tentou influenciar o debate criticando a política econômica do PT, mas ficou relegado a um segundo plano, escreve Le Monde.

O jornal francês também destaca a posição de Marina sobre a descriminalização das drogas e do aborto. Questionada durante o debate pelo candidato Eduardo Jorge, do Partido Verde, a candidata confirmou sua proposta de fazer um plebiscito sobre a questão.

El País conclui que o debate de ontem (1) dá a impressão de que as eleições presidenciais brasileiras de outubro "são cada vez mais uma disputa de dois", ou melhor, de duas políticas.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.