Justiça decide que greve de metroviários em São Paulo é ilegal
O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo declarou neste domingo que a greve dos metroviários é ilegal. O julgamento atendeu a um pedido do governo de São Paulo.
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Ema uma audiência convocada em regime de urgência, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo afirmou que greve dos metroviários é “ilegal”. Thiago Marcelino Perreira, porta-voz do sindicato da categoria afirmou, que, neste domingo, uma nova assembleia deve decidir sobre os rumos do movimento.
A menos de uma semana do começo da Copa do Mundo, os metroviários de São Paulo ameaçam manter a greve até a quinta-feira (12), o que pode prejudicar não só os turistas como, também, os milhões de passageiros que dependem do transporte para trabalhar.
A categoria reivindica um reajuste salarial de 12,2%, com possibilidade de aceitação de contraproposta de 10%. O Metrô, porém, manteve os 8,7%, já oferecidos na quinta-feira passada.
Durante a tentativa de conciliação, o Metrô argumentou que a empresa não tem condições financeiras de arcar com um percentual maior de reajuste salarial. De acordo com a companhia, as passagens não são corrigidas há dois anos.
No entanto os metroviários insistem que, como o governo subsidia parte das tarifas das linhas privadas do Metrô, ele poderia aplicar essa medida para todas as demais linhas. Os trabalhadores também propuseram ontem um dia de salário dos funcionários em troca da “catraca-livre” (entrada gratuita de todos os passageiros). Mas a proposta foi rechaçada pela companhia.
Problema político
Rogerio Malaquias, porta-voz do Sindicato dos Metroviários de São Paulo mantém um tom de ameaça: “Enquanto houver o uso da força, o movimento vai continuar e é possível que dure até a Copa do Mundo”, afirmou.
Para a presidente Dilma Rousseff (PT), a greve é «uma campanha sistemática para denegrir o governo e a Copa do Mundo ». Segundo Dilma, esse movimento tem apenas uma finalidade “eleitoreira”. Em nota, os metroviários informam: “O Sindicato entrará em contato com a presidenta Dilma Rousseff e pedirá que ela venha a São Paulo para intermediar uma negociação com o governador Alckmin.”
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