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Brasil/Copa do Mundo

Fifa deve rever financiamento de estruturas temporárias na próxima Copa do Mundo

Há pouco mais de um mês antes do início do Mundial, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, voltou a criticar a organização do Brasil durante uma entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira (9) em Zurique. Ele também disse que a Federação deverá rever o financiamento de estruturas temporárias bancadas com dinheiro público, um dos motivos dos protestos que se espalharam pelo país.

Jerome Valcke visitou as obras do estádio da Amazônia neste domingo 16 de fevereiro.
Jerome Valcke visitou as obras do estádio da Amazônia neste domingo 16 de fevereiro. REUTERS/Bruno Kelly
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O secretário da Fifa não escondeu sua preocupação em relação ao atraso nas obras, principalmente da Arena do Corinthians, estádio conhecido como Itaquerão, onde acontecerá o jogo de abertura entre o Brasil e a Croácia, no dia 12 de junho. "Minha principal preocupação é conseguir terminar as instalações temporárias. Esta será nossa tarefa mais importante nos próximos dias", disse Valcke.

O executivo da Fifa também falou sobre os movimentos sociais que tomaram conta do país e as críticas envolvendo a preparação do mundial, incluindo as acusações de corrupção nas licitações. E disse que o financiamento das estruturas poderá ser revisto no futuro.

"A Copa do Mundo não é um meio de resolver ou criar problemas, mas um meio para o governo aumentar o número de investimentos em um período mais curto. Não há um só país no mundo que não utilizaria a Copa do Mundo como plataforma para protestos, mas não me sinto culpado pela utilização do dinheiro que poderia ter sido investido em educação ou outra coisa", disse Valcke.

"Há uma grande parte do dinheiro que foi investida em infraestrutura que será usufruída pelos brasileiros. O que podemos questionar é porque eles têm que pagar por essas infraestruturas temporárias, utilizadas somente para a Copa. Mas isso faz parte da candidatura para sediar o evento, o que poderemos rever no futuro", completou.

"Preparação deve ser perfeita"

Segundo ele, a preparação deve ser perfeita, reconhecendo que nem tudo está pronto. "Vamos receber os estádios no próximo dia 21 de maio, entraremos no que chamamos de fase de utilização exclusiva. Tudo estará sob responsabilidade de nossas equipes, e se eu tiver que gritar com alguém, pelo menos vou ter esse direito!", declarou.

Valcke também salientou que a Fifa "não será responsável se houver atrasos nos voos ou se em Cuiabá tem obras atrasadas, por exemplo." Segundo ele, "a Copa é uma grande festa que temos que poder aproveitar. Se você passa cinco horas na frente de uma boate e não consegue entrar, você perdeu sua noite. Isso não pode acontecer", acrescentou.

O secretário-geral da Fifa lembrou que o Mundial já é um sucesso de bilheteria, e o Brasil já tem o maior número de ingressos vendidos na história da Copa. O secretário-geral da Fifa disse esperar que as pessoas reconheçam que a Federação não é "culpada por tudo" e que as pessoas compreendam que a Fifa "fez o que pôde." "Não fizemos a Copa contra o Brasil, mas com o Brasil. Fizemos o possível para ter certeza que essa Copa será extraordinária", afirmou.

 

 

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