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Fato em Foco

Comissão Municipal da Verdade conclui que Juscelino Kubitschek foi assassinado

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Um relatório que questiona a morte acidental do ex-presidente Juscelino Kubitschek foi entregue nesta terça-feira pela Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo. O documento de 29 páginas reúne 90 indícios que apontam para um atentado na Rodovia Presidente Dutra, e não um acidente de trânsito como conta a história oficial. O ex-presidente e seu motorista morreram durante o percurso de São Paulo para o Rio de Janeiro em agosto de 1976, época da ditadura militar.

O presidente Juscelino Kubitschek na futura Brasília
O presidente Juscelino Kubitschek na futura Brasília Jean Manzon
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Juscelino Kubichek governou o país entre 1955 e 1960 e na época do acidente tentava organizar a volta da democracia no país. A investigação sobre as circunstâncias de sua morte durou quase um ano e foi liderada pelo vereador Gilberto Natalini, do Partido Verde, presidente da Comissão. Diversas testemunhas foram ouvidas e todos os detalhes estão documentados.

"Juntamos material desde 1976 até agora. E neste ano, durante nove meses ouvimos pessoas, visitamos cidades do Brasil onde tem testemunhas, visitamos também o local do acidente. É um trabalho minucioso. Depois disso tudo, achamos sinceramente que Juscelino não morreu de morte acidental. Ele sofreu um atentado", defende o vereador Natalini.

Entre os itens do relatório está o depoimento de Josias Nunes de Oliveira, motorista de ônibus, feito em outubro, afirmando que dois homens ofereceram dinheiro para ele assumir a culpa pelo acidente em 1976. A misteriosa autópsia do motorista de JK, que teria escondido uma perfuração de bala no crânio, também foi citada.

A Comissão Nacional da Verdade foi criada pelo governo Dilma Roussef em 2012 para investigar crimes cometidos pela ditadura militar. Em seguida Comissões Municipais foram abertas para apuração local. A ideia é tentar esclarecer um pouco mais esse período sombrio na história do Brasil e quem sabe corrigir eventuais injustiças.

"Muitos crimes graves de morte, de tortura, de perseguição ficaram até hoje debaixo do tapete. Nós estamos simplesmente levantando o tapete e mostrando a nação brasileira a nossa versão do que aconteceu".

Clique em ouvir para conferir a reportagem completa.
 

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