Black Blocs priorizam processo e não fim do protesto, explica professor
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No dia 7 de outubro de 2013, um ato pacífico organizado por professores da rede pública no Rio de Janeiro descambou para a pancadaria. De acordo com os grandes meios de comunicação, os responsáveis pela violência são os ativistas de rosto coberto e roupa preta, que não acreditam na eficiência da desobediência civil. No dia 15 de outubro, dia do professor, a cena se repetiu e mais de 200 mascarados foram detidos pela polícia. Um deles foi hospitalizado com perfurações de bala nos dois antebraços.
Em uma operação pouco usual, a PM carioca optou por distribuir os presos entre dez delegacias da capital carioca. Corre nas redes sociais que é pra evitar aglomerações de manifestantes pedindo a liberdade dos colegas. Uma semana antes, um delegado paulista enquadrou uma dupla de mascarados na obscura Lei de Segurança Nacional, criada pela ditadura para cercear a oposição.
Mas quem são os mascarados das manifestações brasileiras, que fazem o poder público recorrer às práticas institucionais dos anos de chumbo e recebem a carga da grande mídia? São um amálgama de gente que reúne demandas diversas e táticas que vão da destruição do patrimônio como forma de participação política direta até a revolta pura e simples. Mas com raízes históricas, afirma o professor de Gestão de Políticas Públicas da USP Pablo Ortellado. Ouça a reportagem no link acima.
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