Empresas brasileiras participam de feira em Havana

A 30ª Feira Internacional da Havana (FIHAV), em Cuba, abre suas portas neste domingo com o objetivo de aumentar os investimentos e a exportação de bens, duas prioridades do governo de Raúl Castro, emprenhado em reformar a economia do país. O evento terá a participação de 25 empresas brasileiras dos setores de alimentos, bebidas, agronegócios, construção, máquinas e equipamentos e moda.

Rua de Havana, Cuba, onde a 30ª Feira Internacional abre suas portas neste domingo (4) com a participação de empresas brasileiras. REUTERS

O diretor geral da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Hipólito Rocha, disse à imprensa que o Brasil “prevê destinar um crédito de 220 milhões de dólares (aproximadamente 447 milhões de reais)” para que a empresa brasileira Fanavid S.A. instale uma fábrica de vidro na ilha.

Ele também garantiu que a companhia Marcopolo S.A., fabricante de ônibus, vai negociar com uma empresa cubana a construção de uma fábrica de carrocerias.

Com representações de 62 países, mais de 3.000 empresários, 1.500 empresas estrangeiras e 100 cubanas, a Feira é a maior mostra realizada no país nos últimos 10 anos, segundo os organizadores.

Um relatório da empresa estatal de estatísticas cubana (ONE) indicou que no ano passado as exportações de bens no país chegaram a 6.041 milhões de dólares (aproximadamente 12,5 milhões de reais) e o comércio de serviços a 11.959 milhões (24,5 milhões de reais). A maioria proveniente de prestações médicas, paramédicas e esportivas na Venezuela e outros países.

O vice-presidente cubano Ricardo Cabrisas disse, em setembro, que as possibilidades de aumentar o comércio e os investimentos melhoraram desde que o governo de Raúl Castro adotou uma “política estrita” de pagar e renegociar suas dívidas.