Francesa Areva se mostra otimista sobre contrato para terminar Angra 3

O presidente da Areva, Luc Oursel, afirmou nesta quarta-feira que considera "muito provável" que o grupo nuclear francês obtenha um contrato de quase € 1 bilhão, equivalente a R$ 2,45 bilhões, para terminar a usina Angra 3, perto do Rio de Janeiro.

A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é formada pelo conjunto das usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3, esta última ainda em construção. Flickr/ Rodrigo Soldon

"Nós terminamos as negociações, agora há um procedimento para que os brasileiros validem a montagem fincanceira deste projeto. Mas consideramos que é muito provável que possamos iniciar esta atividade no Brasil, que implicará um grande número de engenheiros (...) para um montante de quase € 1 bilhão", afirmou Luc Oursel à agência de notícias France Presse. "Trata-se de um contrato de engenharia para ajudar a concluir a central", acrescentou.

Estima-se que a construção de Angra 3, capitaneada pela empresa pública brasileira Eletronuclear, custe ao total cerca de 3,6 bilhões (R$ 8,8 bilhões). Iniciadas em 1974 e interrompidas em 1985, as obras foram reiniciadas no ano passado. O reator, de uma potência de quase 1.400 gigawatts, deve entrar em funcionamento em 2015. 

Angra 3 fica próxima dos dois únicos reatores nucleares em atividade no Brasil, Angra 1 e Angra 2, que produzem por hora cerca de 5% da eletricidade no país. 

A empresa estatal francesa Areva obteve recentemente um contrato similar nos Estados Unidos, na central inacabada de Bellefonte, no Alabama, por cerca de US$ 1 bilhão, o que equivale a R$ 1,77 bilhões.