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TRAFICO DE DROGAS/G8

Brasil quer serviços de inteligência integrados no combate ao narcotráfico

O Brasil defende a integração dos serviços de inteligência com países vizinhos e membros do G8 para fortalecer o combate ao narcotráfico, segundo o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está em Paris para a conferência do G8 ampliado sobre o tráfico de drogas
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está em Paris para a conferência do G8 ampliado sobre o tráfico de drogas Renato Araújo/ABr
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Ele participa em Paris, nesta terça-feira, da conferência ministerial do G8 ampliado, que conta com a presença dos representantes dos 22 países da América do Sul, Caribe e oeste africano envolvidos diretamente no tráfico internacional de drogas.

Juntos eles devem elaborar medidas de cooperação para a luta contra as drogas. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já propôs nessa segunda-feira a criação de um fundo internacional gerenciado pela ONU e alimentado pelos bens aprendidos de narcotraficantes.

A grande preocupação é a cocaína. O último relatório da ONU sobre a questão revela uma produção mundial de quase 865 toneladas. A Europa é o segundo maior destino da droga, após os Estados Unidos. Entre 4 e 5 milhões de usuários europeus são abastecidos pela produção vinda principalmente da Colômbia, Bolívia e Peru. Um mercado que representa algo em torno de 34 bilhões de dólares.

O Brasil aparece ao mesmo tempo como produtor, lugar de trânsito e destino final dos entorpecentes. A integração dos serviços de inteligência deve passar pelo compartilhamento de informações e pela cooperação operacional e tecnológica. O país já possui adidos da Polícia Federal na França, Itália e Portugal e preside atualmente a AMERIPOL, a Polícia das Américas.

O controle das fronteiras é outro ponto chave a ser discutido. O governo brasileiro quer compartilhar aquisições tecnológicas e informações, como no acordo estabelecido com a Bolívia para o uso dos veículos aéreos não tripulados brasileiros em missões nas fronteiras.

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José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça

A partir de 2004, novas rotas transatlânticas, passaram a privilegiar o acesso à Europa através do oeste africano, como, por exemplo, passando pela Guiné-Bissau. Com uma repressão mais forte no México, os países africanos ganharam importância como pontos de passagem. O ministro brasileiro destaca que é impossível tratar a questão sem que haja uma parceria entre esses países.

Na segunda-feira, Cardozo foi recebido por Sarkozy, e pelo ministro francês do Interior, Claude Guéant. O encontro integra a bateria de reuniões que precedem o G8 e o G20. Ambos acontecem esse ano respectivamente nas cidades de Deauville e Cannes, sob a presidência francesa.

 

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