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China/ Brasil

Embraer vai fabricar aviões executivos na China

A presidente Dilma Rousseff mal começou sua visita à Pequim e acordos importantes já foram anunciados pela equipe do governo. Um deles é a parceria fechada pela Embraer com as autoridades chinesas para manter operando sua fábrica no país. Os chineses também estariam estudando produzir aço no Brasil, um acordo considerado estratégico pelo governo brasileiro, que vem querendo diversificar a pauta de exportações e investimentos com a China.

Avião modelo 170 da Embraer.
Avião modelo 170 da Embraer. Embraer.com
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Por Ana Carolina Dani, enviada especial da RFI à China

Segundo o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, o construtor brasileiro obteve autorização de Pequim para a produção de aviões executivos da família Legacy.A planta da Embraer em Harbin, no nordeste da China estava ociosa e poderia parar de produzir ainda no primeiro trimestre deste ano, prazo previsto para a entrega das últimas encomendas de seus jatos comerciais do modelo E-145, de 50 lugares.

Para manter a produção, o construtor brasileiro pediu, então, autorização para produzir jatos comerciais maiores, os modelos E-190, com capacidade para 114 pessoas. As negociações se arrastaram por anos, mas a demanda bateu de frente com as ambições do governo chinês de produzir aviões similares, o que fazia da Embraer uma concorrente.

A solução encontrada, então, foi a autorização para a produção de jatos executivos, que respondem por 20% da receita da Embraer. O embaixador do Brasil na China não adiantou quantas unidades já teriam sido encomendadas.

Embora a aviação executiva na China ainda esteja engatinhando perto da comercial, a parceria é importante, pois é vista como a boia salva-vidas da empresa brasileira na China.

A Embraer também obteve autorização do governo chinês para exportar ao país seus modelos E-190. Estão garantidas as 10 unidades já vendidas anteriormente para a companhia aérea China Southern e outras encomendas devem ser anunciadas nesta terça-feira.

Aço

A China está interessada em produzir aço no Brasil, um acordo considerado pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, como um dos mais importantes do setor que pode ser alcançado durante a visita da presidente Dilma Rousseff em Pequim. As negociaçoes para um entendimento nesse sentido devem avançar nesta terça-feira, segundo indicou, à RFI, o ministro.

“Vamos ampliar as conversas até o final da visita presidencial. É um acordo extremamente importante pra nós. Ao invés de exportarmos minério bruto, estaríamos exportando aço », disse.

Ainda de acordo com Lobão, os chineses também têm interesses na área de biocombustíveis e querem aumentar a importação de petróleo.

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