Brasil e Argentina criam comissão para promover exportações conjuntas
Os governos do Brasil e da Argentina decidiram criar uma comissão especial para promover exportações conjuntas para terceiros países, segundo anunciaram os chanceleres de ambos os países, Antonio Patriota e Héctor Timerman.
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Marina Guimarães, correspondente da RFI em Buenos Aires
Patriota concluiu hoje a primeira visita oficial ao país vizinho depois de tomar posse, com o objetivo preparar a agenda da viagem que a presidente Dilma Rousseff vai fazer à Buenos Aires no dia 31. O ministro brasileiro foi recebido pela presidente Cristina Kirchner e pelos principais ministros argentinos. Em entrevista aos correspondentes brasileiros no país, Patriota negou um suposto veto do Ministério das Relações Exteriores à inclusão da Bolívia e da Colômbia na lista de beneficiários de um projeto de cooperação conjunta entre o Brasil e os Estados Unidos, em 2006, para promover o consumo global de etanol.
A denúncia foi feita pela organização Wikileaks e reproduzida pela imprensa. Ele disse que houve entendimento mútuo entre os Estados Unidos e o Brasil de que na América do Sul não fariam o trabalho conjunto porque os países vizinhos e o Brasil têm outros mecanismos de integração que dispensam essa cooperação envolvendo Washington. Patriota também informou que o Itamaraty está mantendo contato com a embaixada brasileira no Irã para apurar a decisão do governo iraniano de proibir a circulação da obra do escritor Paulo Coelho naquele país. O chanceler disse que é contra a censura e a favor da liberdade de expressão.
Patriota confirmou ainda aos jornalistas que no dia 16 de fevereiro, Dilma irá para Lima, no Peru, participar da Cúpula América do Sul e países árabes. No dia 13 de abril, a presidente viaja para a China, onde acontece um encontro do BRIC, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia e China.
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