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Brasil/Nuclear

Le Monde questiona se o Brasil não esconde um programa nuclear militar

Reportagem do jornal francês publicada na edição deste sábado, 29 de maio, afirma que o programa nuclear brasileiro tem "zonas de sombra". Segundo Le Monde, o papel da Marinha brasileira reforça as dúvidas sobre um eventual interesse das Forças Armadas em deter todas as tecnologias ligadas à bomba atômica.

Falando em sério desacordo entre Washington e Brasília, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que a diplomacia brasileira ajuda o Irã a ganhar tempo e coloca o mundo em perigo.
Falando em sério desacordo entre Washington e Brasília, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que a diplomacia brasileira ajuda o Irã a ganhar tempo e coloca o mundo em perigo. Reuters
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Para Le Monde, ao tomar a iniciativa de participar das negociações sobre o programa nuclear iraniano, a diplomacia brasileira atraiu a atenção do mundo, mas se colocou em uma situação difícil. O Brasil tem recebido críticas do governo dos Estados Unidos, sublinha o texto, lembrando que a secretária de Estado Hillary Clinton disse ao chanceler Celso Amorim que o Brasil estava ajudando o Irã a ganhar tempo e contribuindo, assim, para o mundo ficar mais perigoso.

Le Monde questiona se o Brasil não estaria escondendo um programa nuclear militar por trás de seu programa civil, como as potência ocidentais suspeitam no caso do Irã. Segundo o jornal, os diplomatas estrangeiros que participaram este mês da Conferência para a Revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, em Nova York, têm opiniões divergentes sobre o assunto.

O jornal afirma que o programa nuclear brasileiro levanta suspeitas na comunidade internacional, principalmente pelo papel da Marinha brasileira nesse setor. "Brasília poderia, segundo alguns, querer dominar todas as tecnologias ligadas à bomba atômica, sem chegar a fabricá-la."

Em maio, de acordo com o texto, a Agência Internacional de Energia Atômica nomeou uma equipe para avaliar as atividades nucleares no Brasil, depois que o governo brasileiro impediu o acesso de inspetores da agência a informaçoes sobre suas centrífugas de enriquecimento de urânio, alegando razões comerciais, diz o texto.
 

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