Mais de 1500 migrantes da caravana centro-americana chegaram na fronteira com EUA
Mais de 1500 migrantes, vindos de várias partes da América Central, chegaram nesta quinta-feira (15) em Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos. A caravana, que atravessa há dias o continente, ameaça entrar no território norte-americano.
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Logo pela manhã, 22 ônibus transportando migrantes chegaram na entrada de Tijuana. Eles se juntaram aos cerca de 800 centro-americanos que já acampam na região desde domingo (11). Outras 3 mil pessoas avançam nessa quinta-feira em direção à cidade. A previsão é de que cheguem até o final do dia.
“Já estamos andando há um mês com minhas filhas de 7, 11, 13 e 15 anos”, contou Miriam, uma hondurenha de 32 anos ao descer do ônibus que deixou os migrantes em um pedágio perto de Tijuana. “Estamos cansados, mas já estamos nos sentindo melhor”, disse.
Como Miriam, todos fazem parte da caravana, composta principalmente por hondurenhos, que fogem da pobreza e da violência em seu país. Eles deixaram a cidade de San Pedro Sula, em Honduras, no dia 13 de outubro e, desde então, já percorreram 4.300 km. Também compõem o cortejo alguns chilenos, colombianos, costarriquenhos, salvadorenhos, guatemaltecas, nicaraguenses, panamenho, peruanos, venezuelanos e mexicanos.
Trump enviou exército para conter migrantes
Os migrantes decidiram entrar nos Estados Unidos, apesar das ameaças do presidente Donald Trump, que prometeu impedir a caravana de penetrar no território norte-americano. O chefe da Casa Branca já mobilizou quase 5 mil militares na fronteira e ordenou a instalação de barreiras de cimento e cercas com arame farpado.
Na quarta-feira (14), alguns migrantes pularam a barreira, mas foram rapidamente detidos por agentes americanos.
Segundo as Nações Unidas, a caravana contava com cerca de 7 mil migrantes, mas muitos desistiram no meio do caminho ou integraram outros grupos menores. Duas outras caravanas, com cerca de 2 mil pessoas cada, também avançam nesse momento para a fronteira com os Estados Unidos.
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