Congresso dos EUA divulga memorando sobre a imparcialidade do FBI
O Congresso dos Estados Unidos tornou público nesta sexta-feira (2), após autorização do presidente Donald Trump, um polêmico memorando que questiona a imparcialidade do FBI nas eleições norte-americanas. O documento se baseia em escutas realizadas durante a campanha.
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Fontes da Casa Branca informaram que a equipe jurídica da presidência enviou formalmente aos líderes do Congresso uma cópia do documento de quatro páginas, em um gesto que pode dar início a uma crise com consequências imprevisíveis. "O que está acontecendo em nosso país é uma desgraça. Muita gente deveria sentir vergonha", disse Trump no Gabinete Oval ao autorizar a divulgação do memorando.
O documento – ainda inédito – foi elaborado pelo controverso chefe da Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados, o republicano Devin Nunes, apesar da oposição dos membros democratas da comissão e a partir de informações consideradas secretas. O relatório baseia-se nas escutas que o FBI realizou de um membro da equipe de campanha eleitoral de Trump em 2016, como parte das investigações sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais daquele ano.
De acordo com o chefe da Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados, o FBI usou informações do partido Democrata para interceptar conversas de um auxiliar da campanha de Trump, Carter Page. A versão defendida por Nunes aponta para um FBI e um Departamento de Justiça profundamente politizados e com um forte sentimento anti-Trump.
O atual diretor do FBI, Christopher Wray, nomeado por Trump, disse ser contra a divulgação, alegando que o memorando continha graves imprecisões. O ministério da Justiça também questionou a medida, temendo que o relatório represente um risco para a segurança do país, já que pode revelar métodos secretos de coleta de informação.
(Com informações da AFP)
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