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Trump/Coreia do Norte

Trump ameaça destruir Coreia do Norte, se necessário

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, denunciou nesta terça-feira (19), em seu primeiro discurso diante da Assembleia Geral da ONU, que os chamados "Estados párias" representam uma ameaça à estabilidade de todo o mundo, começando por Coreia do Norte, a quem ameaçou "destruir totalmente", e o Irã.

Donald Trump na tribuna da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, 19/09/17.
Donald Trump na tribuna da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, 19/09/17. AFP
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Enquanto o secretário-geral das Nações Unidas, o português Antonio Guterres, abriu os debates pedindo "um mundo sem armas nucleares" e uma "solução política" para a crise norte-coreana, o presidente americano atacou violentamente o "regime depravado de Pyongyang".

"Os regimes párias não só apoiam o terror, como também ameaçam outras nações e seu próprio povo", declarou Trump, diante de cerca de 130 chefes de Estado e de Governo em uma reunião dominada pela ameaça nuclear norte-coreana e o acordo de não-proliferação com o Irã.

Regime depravado e corrompido

"O Exército americano vai se tornar em breve mais forte do que nunca", advertiu, considerando que que as nações soberanas e independentes devem ser a base da ordem mundial. "Nosso sucesso depende de uma coalizão de nações fortes e independentes que abracem sua soberania para promover segurança, prosperidade e paz, para cada um de nós e para o mundo", expressou o presidente, que defende uma visão unilateral do mundo.

O presidente americano ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte, um "regime depravado e corrompido", caso as tensões atuais levem a um conflito com o eventual uso de armas nucleares.

"Os Estados Unidos têm grande poder e paciência, mas se for forçado a se defender e defender seus aliados, não teremos outra opção do que a de destruir totalmente a Coreia do Norte. O ‘homem foguete’ está em uma missão suicida para si mesmo e para seu regime", afirmou em referência ao líder norte-coreano Kim Jong-un.

Quanto ao Irã, Trump afirmou que o país é dirigido por uma "ditadura corrupta" e chamou o acordo nuclear concluído em 2015 com as grandes potências de uma "vergonha. Em 15 de outubro, Trump vai se pronunciar no Congresso americano se ele considera que Teerã respeita seus compromissos, como indicado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Estados Unidos sempre em primeiro lugar

"É hora de o mundo inteiro se unir a nós para exigir que o governo iraniano pare de semear a morte e a destruição", declarou na tribuna da ONU, criticando as "atividades desestabilizadoras" de Teerã. Além disso, o republicano voltou a defender a sua política, afirmando que sempre colocará "os Estados Unidos em primeiro lugar".

Quanto à América Latina, Trump se concentrou especialmente na Venezuela, onde denunciou a "situação inaceitável da ditadura socialista do presidente Nicolas Maduro". "Não podemos ficar à margem e apenas olhar. Como vizinho e amigo responsável, devemos ter um objetivo: recuperar a liberdade, restaurar o país, retomar a democracia", declarou, afirmando estar pronto para "novas ações", sem dar mais detalhes

A Venezuela já havia sido assunto central em um jantar de trabalho na segunda-feira entre Trump e os presidentes do Brasil, Panamá e Colômbia, além da vice-presidente da Argentina.

 

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