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Em coletiva na Casa Branca, Theresa May diz que Trump "apoia 100% a OTAN"

Nesta sexta-feira (27), o presidente americano, Donald Trump, recebeu a primeira-ministra britânica, Theresa May, na Sala Oval da Casa Branca. Foi o primeiro encontro de Trump com uma autoridade estrangeira desde a sua posse, há uma semana (20). Ambos deram coletiva sobre temas como Brexit, OTAN e Rússia.

Primeira-ministra britânica Theresa May ao lado do presidente Donald Trump, em coletiva na Casa Branca em 27 de janeiro de 2017
Primeira-ministra britânica Theresa May ao lado do presidente Donald Trump, em coletiva na Casa Branca em 27 de janeiro de 2017 REUTERS/Carlos Barria
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Logo após assumir a presidência, Trump anunciou sua intenção de concluir rapidamente um acordo comercial com o Reino Unido, que atualmente negocia o Brexit, como é chamada a sua saída da União Europeia. Essa abertura é vista com bons olhos por Theresa May, cuja margem de manobra, no entanto, é limitada enquanto o "divórcio" com a União Europeia não for concretizado. May pode conversar sobre um acordo, mas não tem o direito de negociar enquanto for membro do bloco.

"O Brexit vai dar ao Reino Unido sua identidade própria", declarou Trump durante a coletiva de imprensa ao lado da "nova Dama de Ferro". "O Brexit vai ser uma coisa maravilhosa para o seu país (...) e vocês terão as pessoas que quiserem no seu país", disse, completando que os ingleses poderão concluir acordos de livre-comércio sem ninguém para vigiar o que estiverem fazendo. "O Brexit vai ser um trunfo formidável, e não um enorme freio", concluiu sobre o assunto.

OTAN, Rússia, Sanções

"É cedo demais" para falar em aliviar as sanções contra a Rússia, disse Trump, na véspera do telefonema marcado com o presidente russo, Vladimir Putin. Sobre o tema, Theresa May avaliou que as sanções contra Moscou devem ser mantidas. "Acreditamos que as sanções devem continuar", avaliou, argumentando que a Rússia mantém "as atividades na Ucrânia".

Bastante crítico à OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte - durante a campanha eleitoral, quando a chamou de "obsoleta", Trump parece ter mudado de posição, como sugeriu a primeira-ministra. Ela afirmou, diante do presidente, que este apoia "100%" a Organização:  "Senhor presidente, acho que o senhor confirmou que está 100% com a OTAN", disse May, durante a coletiva. Ela também confirmou que Trump visitará o Reino Unido até o final deste ano, ressaltando a importância da relação entre os dois países.

Compromisso com OTAN está seguro, confirma Secretário americano 

O novo secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, assegurou nesta sexta-feira que Washington está comprometido com a OTAN. O tema deve ser discutido por Donald Trump, por telefone, com os líderes da França, Alemanha e Rússia, neste sábado (28).

Mattis falou por telefone na quinta-feira com os ministros da Defesa da França, Alemanha e Israel, segundo o porta-voz do Pentágono, o capitão Jeff Davis. Em conversa com a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, ele "assegurou o compromisso duradouro com a aliança da OTAN", indicou Davis em um comunicado. Mattis também enfatizou a importância da Organização ao seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, com quem discutiu a cooperação em termos de segurança.

Os países ocidentais estavam preocupados com o desprezo que o novo presidente americano vinha demonstrando pela Organização.

 

 

 

 

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