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EUA/Economia

Economia dos EUA deve melhorar com chegada de Trump ao poder, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta segunda-feira (16) uma mensagem de otimismo sobre a futura administração de Donald Trump. No entanto, a instituição alerta para os riscos que representam o protecionismo esboçado pelo magnata americano. O Fundo aposta que as reformas previstas pelo novo chefe da Casa Branca vão adubar a economia dos Estados Unidos.

FMI espera que os investimentos anunciados por Donald Trump incentivem o crescimento dos Estados Unidos
FMI espera que os investimentos anunciados por Donald Trump incentivem o crescimento dos Estados Unidos REUTERS/Lucas Jackson
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A cinco dias da posse de Donald Trump, a primeira economia mundial viu suas previsões de crescimento ganharem 0,1% este ano (+2,3%) e, ainda mais importante, um aumento de 0,4% em 2018 (+2,5%), com relação às projeções divulgadas há três meses. Os dados fazem parte do novo relatório do FMI sobre a conjuntura mundial.

De acordo com a instituição, essa retomada se deve principalmente às medidas orçamentárias anunciadas pelo presidente eleito, que se comprometeu em investir em infraestrutura durante seu mandato. Trump, que conta com o apoio de Congresso, prometeu injetar mais de US$ 500 bilhões em rodovias, pontes, túneis, aeroportos, escolas e hospitais.

Guerra comercial provocada pelo protecionismo

O otimismo do FMI contrasta com a prudência anunciada pelo Banco Mundial que, na semana passada, reduziu as previsões de crescimento da economia planetária em razão da “incerteza” americana.

O FMI, que conta com os Estados Unidos como principal acionista, insiste que as previsões anunciadas não devem ser vistas como uma forma de “apoio” político. E, assim como o Banco Mundial, lembra que ainda há “incertezas” sobre o programa de Trump.

Além disso, o Fundo alerta o futuro presidente americano sobre os riscos de atitudes protecionistas. A instituição aconselhou Trump a não executar as ameaças de represálias que o novo chefe da Casa Branca lançou contra o México e a China. Segundo o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, as retaliações colocariam em questão as previsões do Fundo. “O início de uma guerra comercial poderia provocar fortes perturbações”, alertou durante uma entrevista coletiva.

Situação do Brasil acentua expectativa em baixa para América Latina

O FMI manteve inalterada sua previsão de um crescimento da economia global de 3,4% em 2017, mas revisou para baixo sua expectativa para a América Latina, derrubada por Brasil e México. A estatística confirma os dados divulgados em outubro, quando o Fundo anunciou que a economia latino-americana deve crescer apenas 1,2% este ano (0,4% abaixo do previsto em outubro passado), e 2,1% para no ano que vem.

No caso do Brasil, o Fundo já havia reduzido a projeção de alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,5% para 0,2%. Já para 2018, o FMI projeta um crescimento de 1,5% para a economia brasileira.

 

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