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Futebol/tragédia

Repórter esportivo de Chapecó monitorou voo antes da queda

O repórter esportivo do jornal Diário do Iguaçú, Rodrigo Goulart acompanha a equipe da Chapecoense desde 2001. Ele conta à RFI como está lidando com a perda dos colegas e dos jogadores que estavam no voo que caiu na Colômbia nesta segunda-feira (28).

O repórter esportivo Rodrigo Goulart
O repórter esportivo Rodrigo Goulart Arquivo pessoal
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Repórter e torcedor, Rodrigo estava em casa em Chapecó, conectado em um site que monitora voos em tempo real, quando soube do acidente, às 2h30 no horário local.

“A chapecoense fretou um avião na Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, e da lá para Medelín. Por volta da meia-noite, voltei a verificar o site e não achei o voo. Mas como a Chapecoense teve muitos problemas na primeira viagem à Colômbia, Barranquilla, pensei que o voo tivesse parado para reabastecer. Não imaginei que o pior fosse acontecer”, disse Rodrigo. Ele enviou então uma mensagem ao grupo da assessoria do time e dos jornalistas que cobrem a equipe, sem resposta.

“Fui acordado por um colega da rádio Chapecó, inclusive seu irmão, Fernando Doesse, estava no voo. Foi a partir daí que começamos a nos mobilizar. Só nos resta rezar que haja mais sobreviventes”, diz. “Acabei não indo nesse voo por uma questão logística. A Chapecoense jogou domingo contra o Palmeiras e embarcaria de São Paulo. Como eu estava em Chapecó fiquei aqui” explica. “Mas eu gostaria de ter ido”.

“Faz 15 anos que acompanho o dia-a-dia da chapecoense”, diz o repórter. Comecei cedo, aos 18 anos. Nasci e cresci aqui, então acompanho o time como torcedor desde muito cedo. Desde criança, indo ao estádio. Quando começou a participar de competições nacionais com frequência, virou o número 1 da cidade. Pude acompanhar todo o crescimento do time no cenário nacional”, narra.

"Conhecia todas as pessoas no voo"

Com a voz embargada, Rodrigo conta conhecia todas as pessoas que estavam no voo. “A gente se via praticamente todos os dias no acompanhamento do time. Tinha contato diário com os jogadores, tinha vários compadres meus no voo...são amigos que a gente perde”, diz Rodrigo. “Não dá para pensar muito, tem que focar no trabalho. Não tem outra alternativa”.
 

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