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Colômbia/Farc

Após plebiscito, Farc e Colômbia retomam negociações do acordo de paz

O governo colombiano e a guerrilha das Farc retomaram neste sábado (22), em Havana, as negociações de “ajuste” do acordo que foi rejeitado em um plebiscito realizado em 2 de outubro passado.  

Combatentes das Farc durante o congresso da organização, em setembro
Combatentes das Farc durante o congresso da organização, em setembro REUTERS /John Vizcaino
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O objetivo é tentar salvar o processo de paz na Colômbia, ameaçado pelo resultado da consulta popular. Representantes do governo colombiano e das FARC estão reunidos em um complexo residencial em Havana, no oeste da capital cubana.

"O ambiente é de otimismo. Vamos pela paz", escreveu o chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Timoleón Jiménez (Timochenko), em sua conta no Twitter. Segundo ele, as partes estão "em busca de pontos de confluência". O principal negociador da guerrilha, Iván Márquez, destacou que, no encontro, "analisam-se pontos de vista de diversos setores da sociedade sobre acordo de paz".

Em pronunciamento da Casa de Nariño, sede da presidência colombiana, o chefe da delegação oficial, Humberto de la Calle, admitiu que o processo de paz na Colômbia está "frágil", após o "não" do plebiscito, mas destacou o "ânimo patriótico" que encontrou nas "dezenas" de propostas dos diversos setores políticos e sociais contrários ao acordo final.

Desde agosto, a Farc e o governo adotaram um cessar-fogo definitivo, que após a derrota no referendo, em 2 de outubro, foi prorrogado pelo presidente Juan Manuel Santos até 31 de dezembro. A Colômbia vive um conflito armado há mais de 50 anos envolvendo guerrilhas, paramilitares e agentes da força pública, que já deixou 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.

“Beijaço pela paz”

Centenas de pessoas participaram nesta sexta-feira (21), em Bogotá, de um "beijaço pela paz" para pedir uma rápida solução sobre o acordo firmado entre o governo colombiano e a guerrilha das Farc, que foi rejeitado em referendo.

Reunidos na Praça Bolívar, a poucos metros do palácio presidencial, os participantes - de distintos coletivos a favor da paz deram beijos e abraços durante cerca de uma hora, entre gritos de "faça amor e não a guerra" ou "queremos a paz já".
 

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