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Linha Direta

Número de casos de zika explode em Nova York

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O vírus do zika virou uma questão de saúde pública em Nova York, com médicos e população assustadas com o número de casos quase quadruplicando desde maio. As autoridades locais trabalham com a possibilidade cada vez maior de o mosquito aedes albopitcus, um incômodo conhecido do verão nova-iorquino, se tornar um transmissor do vírus.

Anthony Fauci (d), diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, durante coletiva sobre o vírus zika, em abril de 2016
Anthony Fauci (d), diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, durante coletiva sobre o vírus zika, em abril de 2016 REUTERS/Kevin Lamarque TPX IMAGES OF THE DAY
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Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York

O sinal vermelho acendeu com o aumento sensível de casos, com 310 ocorrências confirmadas, sendo 36 em mulheres grávidas, com risco de microcefalia dos fetos, e 14 transmitidas sexualmente. Somente nos últimos 30 dias, 77 novos casos foram registrados na maior metrópole americana, 39 deles no Brooklyn, todos de pessoas que viajaram para áreas tropicais e voltaram infectadas, já que não há presença do mosquito Aedes aegypt nos cinco distritos de Nova York. O prefeito Bill de Blasio e o senador Charles Schumer, ambos democratas, avisaram que a cidade não estaria preparada para tratar um número elevado de pacientes que possam desenvolver sintomas mais graves relacionados ao vírus.

Em um país em que não há a opção de saúde pública universal, um ato importante foi a disponibilização de testes gratuitos para mulheres grávidas com suspeita de terem sido infectadas com o vírus. O governo também distribuiu 100 mil kits de inseticidas para combater larvas em casas da cidade, está testando 60 mil mosquitos por mês e ofereceu 20 mil kits grátis de prevenção para mulheres grávidas. Até o momento, de acordo com o governo federal, seis crianças nasceram com defeitos congênitos nos EUA por conta do zika. Não é um quadro drástico como o brasileiro, mas os nova-iorquinos já temem que este possa ser o ‘verão do zika’.

Os estados com maior risco de explosão de casos ainda são os que já contam com uma população endêmica do mosquito, como a Flórida, que tem o segundo maior número de casos registrados, a Geórgia, a Carolina do Sul, o Alabama e a Louisiana. Mas um estudo da NASA e do Centro de Pesquisas Atmosféricas informa que o mosquito Aedes aegypt pode migrar para Nova York neste verão.

Inércia política

O Congresso entra em recesso neste fim de semana para as férias de verão e os legisladores só retornam em setembro sem que se tenha aprovado a verba de emergência contra o zika proposta por Washington. O diretor do Instituto Nacional do Tratamento de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, afirma que é fundamental destinar recursos para a pesquisa de uma vacina para o vírus o quanto antes. E dois dos mais importantes especialistas no setor do Ministério da Saúde norte-americano enviaram uma dura carta para os congressistas alertando que as sete semanas de férias dos políticos serão gozadas enquanto milhares de americanos correrão o risco de serem infectados pelo vírus.

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