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Venezuela/crise

Maduro tenta organizar marcha na Venezuela contra "ingerência" da OEA

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou para esta quarta-feira (1), em Caracas, uma grande manifestação em protesto contra a OEA (Organização dos Estados Americanos), que ele acusa de “ingerência” nos problemas do país.

O presidente venezuelano Nicolas Maduro
O presidente venezuelano Nicolas Maduro Miraflores Palace
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O chefe de Estado venezuelano não gostou da declaração do secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que pediu nesta terça-feira uma reunião urgente com os estados membros da Organização para falar da “crise institucional” na Venezuela. Em uma carta enviada aos estados membros, Almagro citou o “manual democrático” usado pela Organização como justificativa para o pedido. O país, em estado de emergência, vive uma profunda crise econômica.

Em resposta, Maduro convocou, durante um pronunciamento na TV nesta terça-feira, uma marcha para lutar “contra o intervencionismo”. Ele criticou pessoalmente o representante da organização e de maneira agressiva. “Nossa revolução será absolvida pela História, mas você, Almagro, sera condenado à lama mais profunda no inferno dos traidores que lutam pela causa da América Latina. Esta não é a primeira vez que Almagro critica o venezuelano, que se tornou, segundo ele, um ditador.

Oposição elogia iniciativa da OEA

A oposição do país, que é majoritária no Parlamento e tenta tirar Maduro do poder, elogiou a iniciativa do secretário-geral da organização. “ A comunidade internacional não pode ignorar a grave crise humanitária que nós atravessamos e as violações dos direitos humanos”, declarou o presidente da Assembleia, Henry Ramos Allup.

A coalizão de oposição, representada pela MUD (Mesa da Unidade Democrática) reuniu, no início de maio, mais de 1,85 millhão de assinaturas para pedir um referendo convocatório contra Maduro. Mas os partidos favoráveis ao presidente alegam que a petição está cheia de fraudes. O Conselho Nacional Eleitoral deve se pronunciar nesta quinta-feira sobre as assinaturas. Se elas forem validadas, 200 mil signatários vão confirmar pessoalmente sua opção.

Essa será a primeira etapa de um longo processo, no qual a coalizão de centro-direita deverá reunir 20% do eleitorado (quatro milhões de votos) para ter direito a organizar o referendo, que recebeu o apoio nesta terça-feira de quatro países da América Latina: Chile, Argentina, Colômbia e Uruguai.

 

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