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Trump defende porte de armas durante congresso do setor nos EUA

O pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (20), durante o Congresso anual da Associação Nacional de Atiradores (NRA, na sigla em inglês) em Kentucky, nos Estados Unidos, evento do qual era o convidado de honra, que “se as pessoas tivessem armas, a situação teria sido muito diferente” durante os atentados terroristas ocorridos em Paris, em 2015.  

Donald Trump participa do congresso anual do NRA, a associação americana de atiradores, que apoia sua candidatura.
Donald Trump participa do congresso anual do NRA, a associação americana de atiradores, que apoia sua candidatura. REUTERS/John Sommers II
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Anne-Marie Capomaccio, corresponde da RFI nos Estados Unidos

“Vejam bem, os franceses possuem a lei sobre armas mais severa do mundo e apenas os vilões possuíam armamentos, eles mataram as pessoas uma a uma”, afirmou Trump, cujas declaraçéoes durante a campanha presidencial americana são favoráveis ao lobby das armas, contrariamente à Hillary Clinton, que promete um controle mais estrito do setor.

O pré-candidato republicano afirmou inúmeras vezes seu apoio incondicional à 2ª Emenda da Constituição americana que versa sobre o direito de se defender por meio de armas. Ainda dentro de suas declarações durante a pré-corrida presidencial, o bilionário sugere a possibilidade de acesso ao porte de armas nos estabelecimentos de ensino.

O lobby armado

Sites especializados afirmam que existem hoje em circulação no mercado americano cerca de 350 milhões de armas de fogo. A NRA, que defende integralmente o porte de armas pelo cidadão comum, conta hoje com 4,5 milhões de membros afiliados e é considerada como o mais poderoso grupo lobista dos Estados Unidos.

"Em nome dos milhares de patriotas presentes nesta sala, dos cinco milhões de membros da NRA e das dezenas de milhares que nos apoiam, anuncio oficialmente a adesão da NRA a Donald Trump para a presidência", disse Chris Cox, diretor político da associação, na abertura do evento.

Implicações políticas

O objetivo dos dirigentes da NRA é claro: impedir que a virtual candidata democrata Hillary Clinton suceda no cargo a Barack Obama, presidente americano radicalmente contra ao lobby das armas. "Se ela conseguir nomear nem que seja somente um juiz da Suprema Corte", disse o líder da NRA, Wayne LaPierre, "podem dizer adeus às suas armas", advertiu.

Ao mesmo tempo, Donald Trump multiplicou suas promessas aos militantes da NRA.
"A segunda emenda nunca esteve tão ameaçada", declarou. "Desonesta, Hillary é a candidata mais anti-armas, a mais hostil à segunda emenda da história. Ela quer abolir a segunda emenda", ameaçou o pré-candidato do Partido Republicano.

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