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Em resolução de Ano Novo, Obama promete combater armas de fogo

Em seu pronunciamento de Ano Novo, Barack Obama prometeu que o combate contra a violência por armas de fogo será uma prioridade de seu governo em 2016. No primeiro dia do último ano de seu segundo mandato, o presidente norte-americano disse que a "epidemia" de tiroteios é um assunto pendente de sua gestão.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante pronunciamento na Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante pronunciamento na Casa Branca REUTERS/Carlos Barria
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"Minha resolução de Ano Novo é avançar o máximo possível nas tarefas que deixamos inacabadas, sobretudo no que diz respeito à epidemia de violência com armas de fogo", declarou o chefe de Estado. Obama anunciou ainda que se encontrará com a procuradora geral Loretta Lynch já na segunda-feira (4) para "discutir maneiras" de reduzir o número de mortos e feridos por tiros. De acordo com ele, as medidas em pauta devem debater como "evitar que uma minoria perigosa e irresponsável provoque danos de larga escala".

"No mês passado, relembramos o terceiro aniversário de Newtown", disse o presidente, em referência ao tiroteio que deixou 20 crianças e seis adultos mortos em uma escola primária do estado de Connecticut. Ele acrescentou que, nesta sexta-feira, estará pensando na congressista Gabby Giffords, há cinco anos se recuperando depois de ter sido ferida a bala em Tucson, no Arizona.

Depois de lembrar as vítimas, o presidente dos Estados Unidos reiterou sua frustração pela falta de ação dos parlamentares para enfrentar o problema. "Por toda a América, sobreviventes da violência com armas de fogo e cidadãos que perderam um filho, um pai ou uma pessoa amada são obrigados a lembrar esses aniversários terríveis e, mesmo assim, o Congresso não fez nada para evitar que outras famílias sofram o que eles sofrem", declarou o chefe da Casa Branca.

Lobby das armas se sobrepõe à vontade do público

Obama ainda citou uma moção ordinária bipartidária apresentada há três anos, que "teria imposto a verificação dos antecedentes criminais de praticamente qualquer pessoa que comprasse uma arma". De acordo com ele, essa medida teria o apoio da "ampla maioria" dos eleitores norte-americanos ("incluindo os que possuem armas"), mas "o lobby das armas se mobilizou contra ela e o Senado bloqueou" seu avanço. "Desde então dezenas de milhares de nossos compatriotas foram baleados. Dezenas de milhares", reiterou o presidente.

De acordo com a rede de notícias CNN, Obama deve anunciar novas medidas executivas para ampliar o controle da venda de armas antes de seu pronunciamento do Estado da União, marcado para 12 de janeiro.

Armas visíveis no Texas

Entrou em vigor nesta sexta-feira (1), no estado do Texas, o mais populoso dos Estados Unidos, uma polêmica lei que autoriza o porte de armas visíveis, o que não era permitido desde 1871. Membros do partido Republicano, autores da lei, dizem que o fato de portar armas visíveis, como, por exemplo um revólver na cintura, poderá melhorar a segurança no Texas.

Os parlamentares democratas, contrários à norma, dizem que as armas visíveis podem assustar a população no cotidiano. Lojas e empresas continuarão podendo proibir armas visíveis em seu interior, e muitas empresas grandes do Estado já avisaram que não aceitarão a prática.
 

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