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CELAC/Cuba

EUA são alvo de críticas na cúpula de líderes americanos em Cuba

Chefes de Estado e de governo de 33 países americanos estão em Havana para a reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Até quarta-feira os líderes vão discutir a integração regional e a luta contra a desigualdade social. A relação dos Estados Unidos com o bloco e o embargo imposto a Cuba também foram abordados desde a abertura do evento.

Dilma Rousseff (centro) durante cerimônia de abertura da Celac em Havana.
Dilma Rousseff (centro) durante cerimônia de abertura da Celac em Havana. Roberto Stuckert Filho/PR
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A segunda edição da reunião de cúpula foi aberta pelo presidente cubano Raul Castro nesta terça-feira (28) com o objetivo de defender a integração regional no bloco, apesar das diferenças existentes entre os 33 países que formam a Celac. “A criação de um espaço político comum é primordial para avançarmos rumo ao objetivo de paz e respeito entre as nações, afim de irmos além dos obstáculos naturais e também dos que nos são impostos”, declarou o líder cubano em seu discurso de inauguração. Um minuto de silêncio foi feito durante a cerimônia em homenagem a um dos fundadores da Comunidade, o ex-presidente venezuelano, Hugo Chávez, morto em 2013.

Castro aproveitou a tribuna para criticar os Estados Unidos e seu programa de espionagem. “É preciso evitar que o ciberespaço se torne um palco de operações militares”, disse o líder cubano, em alusão ao escândalo de escutas telefônicas revelado pelo ex-consultor da Agência de Segurança Americana (NSA) Edward Snowden. O presidente também agradeceu aos chefes de Estado que se manifestaram contra o embargo de Washington à ilha e contra a inclusão de Cuba na lista dos países que "apoiam o terrorismo". A presidente brasileira Dilma Rousseff declarou, na segunda-feira, que o bloqueio norte-americano, em vigor há meio-século, era injusto.

Reconhecimento diplomático

O evento, que conta com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reúne todos os países do continente, com exceção dos Estados Unidos e do Canadá. Para os cubanos, suspensos da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1962, a cúpula representa o maior reconhecimento diplomático que a ilha recebeu nos últimos 50 anos.

Os líderes reunidos em Cuba devem adotar nesta quarta-feira a “Declaração de Havana”, um documento visando uma melhor integração do bloco. Entre os 80 pontos previstos no texto, os representantes latino-americanos e caribenhos devem defender a luta contra a pobreza e o analfabetismo, a segurança alimentar e o desenvolvimento agrícola, a cooperação tecnológica e científica, e a integração econômica e financeira da região, além da criação de uma “zona de paz”.

No encerramento do evento, o país entrega a presidência rotativa da Celac à Costa Rica. Dilma Rousseff deve retornar ao Brasil antes do final da cúpula, já na noite desta terça-feira.

 

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