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EUA/Egito

John Kerry vê sinais de avanços democráticos no Egito

O secretário de Estado americano John Kerry fez uma visita relâmpago neste domingo, 3 de novembro de 2013, ao Cairo. Essa foi a primeira vez que o chefe da diplomacia dos Estados Unidos visitou o país desde a destituição do presidente Mohamed Mursi pelo exército egípcio, em 3 de julho. Kerry declarou perceber sinais de progressos democráticos no Egito ainda dividido entre os partidários do exército no poder e do ex-presidente Mursi.

John Kerry se encontrou com o general egípcio Abdel Fattah al-Sissi neste domingo, 3 de novembro de 2013, no Cairo.
John Kerry se encontrou com o general egípcio Abdel Fattah al-Sissi neste domingo, 3 de novembro de 2013, no Cairo. Reuters
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Preocupado em restabelecer uma boa relação com o exército egípcio, que destituiu Mohamed Mursi, o primeiro presidente eleito democraticamente no país, o secretário de Estado americano disse que o Egito é um “parceiro crucial” dos Estados Unidos e que os dois países vão continuar a trabalhar juntos.

John Kerry garantiu que a recente suspensão de parte da ajuda militar americana de 1,3 bilhão de dólares por ano ao país “não é uma punição”. A suspensão foi anunciada no mês passado pelo presidente Barack Obama e provocou muita indignação no Egito que acusou Washington de apoiar a Irmandade Muçulmana.

Os Estados Unidos reagiram de maneira embaraçosa após a destituição de Mohamed Mursi, em 3 de julho, e mostraram preocupação com a violenta repressão contra os partidários da Irmandade Muçulmana, movimento do ex-presidente Mursi, que fez centenas de mortos. Para Washington, a realização de eleições e o respeito dos direitos humanos no país são fundamentais.

O anúncio feito pelo governo interino da organização de eleições livres no primeiro semestre do ano que vem, após a promulgação de uma nova Constituição, é visto como um sinal positivo, disse hoje Kerry.

A visita do secretário de Estado americano ao Cairo aconteceu na véspera da abertura do julgamento do presidente deposto, Mohamed Mursi, e de outros 14 responsáveis da Irmandade Muçulmana. Eles são acusados de incitação à violência e tortura de manifestantes durante a onda de protestos no final de 2012.

O Egito foi a primeira etapa do novo giro de John Kerry ao Oriente Médio. Na sequência, ele vai à Arábia Saudita tentar tranqüilizar os aliados sauditas que estão descontentes com a posição dos Estados Unidos em relação à Síria e ao Irã.
 

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