Obama visita estados americanos para promover agenda econômica

Em meio a vários escândalos envolvendo o governo, o presidente Barack Obama procura redirecionar o debate popular para a economia. Nos próximos meses, Obama vai fazer uma campanha intensa pelo país para promover sua agenda econômica que está estagnada.

O presidente americano, Barack Obama, inicia campanha para relançar a economia. REUTERS/Kevin Lamarque

O democrata iniciou o giro nesta quarta-feira em Illinois, onde fez um discurso mais abrangente sobre o estado e o futuro da economia, e voltou a defender sua agenda econômica. No Missouri, o democrata falou especificamente sobre um dos pontos que considera fundamental para fortalecer a economia, que é investir em educação.

A principal mensagem do presidente foi que apesar de a economia ter melhorado desde que tomou posse – com a criação de mais de 7 milhões e 200 mil empregos, o entrave político com o Congresso em Washington tem emperrado medidas que garantiriam a segurança da classe média.

Obama lembrou que ainda há muito trabalho a ser feito sobretudo porque a desiguldade econômica e a pobreza aumentaram. Para ele, a maior prioridade agora é reverter a tendência que tem deixado muitos americanos sem perspectivas de futuro e os ricos, cada vez mais ricos.

Para combater esse quadro,Obama propõe criar empregos para classe média e aumentar a qualificação dos empregados, aumentar salários, investir em infraestrutura como estradas, pontes e portos, desenvolver novas energias, investir em educação, aposentadoria, saúde, habitação – uma combinação para gerar uma economia forte e mais justa no longo prazo.

Para implementar tudo isso, Obama falou que os republicanos vão precisar deixar de lado as políticas que só resolvem problemas no curto prazo.

Nesta quinta-feira, Obama vai à Flórida falar sobre a importência de investir em infraestrutura.

Oposição republicana bloqueia reformas

Os republicanos têm dado um golpe atrás do outro nos programas que o presidente considera cruciais. No Congresso, eles se mobilizam atualmente para implementar os maiores cortes no orçamento desde 1995 e assim acabar com prioridades da gestão democrata.

Apesar do impasse, Obama lembrou que alguns republicanos no Senado – a portas fechadas – já concordaram com várias medidas que o governo defende.

Nos últimos quatro anos, a economia americana tem crescido, mas num ritmo insuficiente. Os salários dos americanos ‘comuns’ são os mais baixos desde 1999 e que quase 12 milhões de pessoas continuam sem emprego.