Revelação sobre programas de rastreamento eletrônico vira escândalo nos EUA

A divulgação na semana passada pelos jornais The Guardian e Washington Post de dois programas secretos do governo para a coleta de dados telefônicos e de internet, gerou um debate polêmico sobre abuso de poder, segurança nacional e liberdades civis nos Estados Unidos.

Edward Snowden, revelou espionagem nos EUA. REUTERS/Courtesy of The Guardian/Glenn Greenwald/Laura Poitras

Justificando a luta contra o terrorismo, o governo americano reconheceu o rastreamento eletrônico de dados de contas de usuários do Google, Facebook, You Tube, Yahoo, Twitter entre outras empresas. A administração Obama agiu legalmente, e o próprio presidente declarou no fim de semana que não se pode ter “100% de segurança e 100% de privacidade.’’

Neste domingo, Edward Snowden, ex-funcionário da Dell e Booz Allen, além de outras empresas que prestavam serviços para NSA, a Agência de Segurança Nacional e da CIA, a fonte que revelou a existência dos dois programas para a imprensa, deu sua primeira entrevista à imprensa. Vivendo em Hong Kong desde o dia 20 de maio, ele justifica seu ato dizendo que seu único objetivo era mostrar “o que foi feito pelo bem delas ou contra elas.”

Ouça a análise de nossa correspondente Lígia Hougland em nosso programa Linha Direta de hoje.