MP ouve torcedores do Corinthians sobre morte de garoto no jogo contra San José
Os 12 torcedores corinthianos detidos na Bolívia após a morte nesta quarta-feira do torcedor do San José Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador durante jogo da Libertadores, devem ser ouvidos nesta quinta-feira pelo Ministério Público. Eles aguardam o interrogatório na sede da Força Especial de Luta contra o Crime, em Oruro, a 240 km de La Paz.
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Os brasileiros suspeitos, com idades de 18 a 35 anos, detinham objetos similares ao que matou Espada. É provável que exames sejam realizados para encontrar vestígios de pólvora, de forma a identificar quem acendeu o sinalizador que acabou acertando a cabeça do garoto boliviano.
O coronel Héctor Ríos, chefe da polícia de Oruro, não tem dúvidas de que o sinalizador foi lançado pela torcida corinthiana, como demonstram imagens de vídeo da arquibancada. "Lamentavelmente, a má manipulação do aparato causou a morte do torcedor", declarou o coronel.
Espada foi transportado para o hospital público da cidade, mas chegou morto ao local. "Ele foi atingido na cabeça e teve morte instantânea, com perda de massa encefálica", relatou o médico José María Vargas.
O dirigente boliviano Roger Belo, secretário da Liga Boliviana de Futebol, confirmou ser proibida a entrada de fogos de artifício, como sinalizadores, nos estádios do país. Belo disse que a polícia faz um trabalho rigoroso na revista dos torcedores para evitar incidentes como o que matou o jovem torcedor do San José.
O técnico do Corinthians, Tite, chorou por causa da tragédia e declarou que trocaria o título mundial de clubes da Fifa pela vida do torcedor morto. Apesar do acidente na arquibancada, a partida não foi suspensa e terminou em 1-1.
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