Carlos Menem é inocentado de acusação de tráfico de armas
Após três anos de processo, o ex-presidente argentino Carlos Menem foi absolvido nesta terça-feira das acusações de contrabando de armas, escapando de uma pena de oito anos de prisão. Outras 17 pessoas também foram inocentadas, entre ex-ministros, militares aposentados e fabricantes de armas.
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O ex-presidente da Argentina (1989-1999) e seu grupo ministerial eram acusados de ter facilitado a venda ilegal de 6.500 toneladas de armamentos e munições a países em conflito, entre 1991 e 1995. Eles haviam assinado um decreto que autorizava o envio do material - avaliado em 400 milhões de pesos (170 milhões de reais) - à Venezuela e ao Panamá, e alegavam que não sabiam do verdadeiro destino dos armamentos: a Croácia e o Equador.
Nos anos 90, os dois países sofriam embargos internacionais de armas da ONU e da Organização dos Estados Americanos. A Croácia por causa da guerra da ex-Iugoslávia e o Equador porque enfrentava o Peru na Guerra da Cordilheira dos Andes.
Dois juízes do Tribunal de Buenos Aires inocentaram os réus e um votou contra a absolvição. O processo tinha sido iniciado em outubro de 2008. O promotor anunciou que vai recorrer e pedir um novo julgamento.
Carlos Menem, que atualmente é senador e tem 81 anos, já havia sido absolvido em outro processo que julgou sua implicação na explosão de um arsenal de armas em 1995, que causou a morte de sete pessoas e deixou 300 feridos. O ex-presidente argentino era acusado de ter provocado o incidente para desaparecer com as provas de tráfico de armas com a Croácia e o Equador.
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