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Biden lança campanha para reeleição nos EUA no dia em que Trump enfrenta acusação de estupro

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (25) que será candidato à reeleição em 2024 e inicia, aos 80 anos, uma nova campanha pela Casa Branca para "concluir o trabalho" em defesa da democracia.

O presidente americano, Joe Biden, diz que disputa a reeleição para "concluir o trabalho" em defesa da democracia.
O presidente americano, Joe Biden, diz que disputa a reeleição para "concluir o trabalho" em defesa da democracia. AP - Patrick Semansky
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"Cada geração tem um momento no qual teve que defender a democracia. Defender suas liberdades fundamentais. Acredito que este é o nosso momento. É por isto que estou concorrendo à reeleição como presidente dos Estados Unidos. Juntem-se a nós. Vamos concluir o trabalho", escreveu Biden em uma mensagem no Twitter, acompanhada por um vídeo.

A escolha deste 25 de abril para dar o pontapé inicial da corrida à Casa Branca não é mero acaso: foi na mesma data, em 2020, que o democrata iniciou sua caminhada vitoriosa contra o republicano Donald Trump. O vídeo de lançamento da campanha foi gravado logo depois do retorno da recente viagem do democrata à Irlanda.

Duelo inevitável

Na França, a imprensa considera que um novo duelo com Trump, que está com 74 anos, parece inevitável.

O diário francês Le Figaro destaca que 70% dos entrevistados em uma pesquisa da NBC News, divulgada no domingo (23), preferiam que Biden deixasse de lado a ideia de concorrer a um segundo mandato; 60% disseram o mesmo sobre Trump. A idade avançada de ambos preocupa os eleitores.

Mas o bom desempenho dos democratas nas eleições de meio de mandato – na qual conquistaram a maioria no Senado, apesar de terem perdido a Câmara dos Representantes por um pequeno número de deputados – consolidou no partido a análise de que Biden é o melhor adversário para derrotar Trump no ano que vem. 

O balanço de governo do democrata, o apoio incondicional à Ucrânia na guerra contra a Rússia, a defesa do aborto ante os ataques de republicanos ultraconservadores e uma série de leis importantes aprovadas neste primeiro mandato corroboram a avaliação de que Biden tem chances de se reeleger, embora a inflação elevada e a ameaça de recessão sejam uma pedra no sapato do democrata. "Um novo enfrentamento entre Trump e Biden suscita mais resignação do que entusiasmo", sublinha o Le Figaro

Trump: jornalista acusa bilionário de estupro

Pela terceira vez em um mês, Trump enfrenta, a partir desta terça-feira, um novo processo judicial em Nova York. A ex-jornalista da revista Elle Jean Carroll acusa Trump de estupro.

A agressão aconteceu há 25 anos, no provador de roupas da loja de departamento de luxo Bergdorf Goodman, em Manhattan. Aos 75 anos, a jornalista afirma que não prestou queixa contra Trump na época por temer represálias do bilionário. Trata-se de uma ação civil e não penal por prescrição do suposto crime.  

Jean Carroll vai testemunhar pessoalmente no tribunal. Ela afirma mover esta ação não apenas por ela, mas "em nome de todas as mulheres dos Estados Unidos violentadas, assediadas e agredidas sexualmente que ousaram falar, e mesmo assim foram desacreditadas, humilhadas ou demitidas". 

Trump não tem a obrigação de comparecer ao tribunal. Advogados do republicano disseram que eles tomarão uma decisão sobre a acusação durante as audiências. Se for condenado, o magnata poderá ser obrigado a pagar uma indenização à vítima.

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