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Campanha presidencial da Bolívia entra na reta final com tensões entre candidatos e eleitores

Os bolivianos se preparam para escolher no próximo domingo (18) o novo presidente do país. Após o fiasco da eleição de 2019, quando Evo Morales deixou o cargo depois de ter sido reeleito e se exilou, essa nova tentativa de eleger um chefe de Estado é marcada por tensão e incertezas.

Praça Murillo e o palácio presidencial em La Paz.
Praça Murillo e o palácio presidencial em La Paz. Cuan Hansen/Getty
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Alice Campaignolle, correspondente da RFI em La Paz

A palavra “tensão” é a que melhor define essa última semana da campanha eleitoral boliviana. Os militantes dos diferentes partidos se enfrentam quando se cruzam nas ruas e os insultos muitas vezes se transformam em agressões físicas.

Os candidatos também são alvo da violência, que se manifesta sob forma de notícias falsas visando os presidenciáveis. O centrista Carlos Mesa, por exemplo, viu seu nome em um documento fraudulento atestando que ele sofria de Alzheimer.

A tensão também reina no partido do governo. Em apenas algumas semanas, três ministros deixaram o cargo, após desentendimentos com a presidente interina Jeanine Añez.

Há quem tema uma explosão de violência no dia da votação e no momento da apuração. Além dos eleitores, que prometem se revoltar caso o resultado não corresponda ao que esperam, as denúncias de possíveis fraudes eleitorais se multiplicam antes mesmo do início do voto.

Arce lidera, mas indecisos são numerosos

Todas as pesquisas de opinião apontam a vitória de Luis Arce, candidato do partido MAS, que foi ministro da Economia de Evo Morales. Ele é considerado um dos responsáveis pela boa saúde econômica do país desde 2006. De acordo com os institutos de sondagem, Arce teria 34% dos votos e iria para o segundo turno com Carlos Mesa, que reúne 28% das intenções de voto.

Mesa foi presidente interino durante pouco tempo. Na época, diante das tensões sociais que tomavam conta do país, ele não conseguiu governar.

Mas a campanha também conta com um outsider. Trata-se de Fernando Camacho, um conservador próximo da extrema direita, que ganhou fama durante as manifestações contra Evo Morales.

Porém, entre 20% e 25% ainda aparecem nas pesquisas como indecisos. Essa massa até agora silenciosa pode fazer a diferença na hora do voto.

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