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“Após Super Terça, primárias democratas ficam entre Sanders e Biden”, diz Gamaliel Perruci

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O ex-vice-presidente Joe Biden venceu a disputa no estado do Texas na Super Terça das primárias democratas nos Estados Unidos. O resultado é visto como um triunfo importante sobre seu principal rival, o senador progressista de Vermont, Bernie Sanders, e polariza ainda mais a corrida pela Casa Branca.

O cientista político Gamaliel Perruci, da Marietta College, de Ohio.
O cientista político Gamaliel Perruci, da Marietta College, de Ohio. Foto: Arquivo Pessoal
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Na "Super Terça" votam 14 estados – além do território não incorporado de Samoa americana e os democratas residentes no exterior – para eleger 1.357 delegados à convenção democrata de julho, um terço do total. Com quase 80% dos votos apurados, Sanders já tinha 33%, contra 24% do ex-vice-presidente Joe Biden, que representa a ala mais moderada do partido. A senadora de Massachusetts Elizabeth Warren, que já foi uma das favoritas na disputa em nível nacional, estava com 12%.

Para Gamaliel Perruci, cientista político do Marietta College, de Ohio, desde as primárias na Carolina do Sul, já marcadas pela vitória de Biden, a ala moderada vinha perdendo força, o que deu mais espaço para o ex-vice-presidente. “Agora, as eleições primárias democratas estão em torno de dois candidatos: Sanders e Biden”, sentencia o especialista.

Segundo o cientista político, existe uma polarização, com os campos cada vez mais definidos. “Quanto à parte ideológica, está mais claro no sentido de que a parte progressista não é tão forte como se assumia antes da Super Terça. Então, agora fica mais forte a ala moderada, que vai ter muito mais impacto daqui pra frente”, avalia.

Presença de Warren pode ajudar Biden

No entanto, ele explica que alguns candidatos ainda podem ter um papel importante. É o caso de Elizabeth Warren, que apesar de já ter despontado como ganhadora, “não venceu nem mesmo em seu próprio estado, o Massachusetts”, lembra Perruci. Porém, “enquanto ela ficar nas primárias, isso de certa forma ajuda Biden, pois tira alguns dos votos que seriam para Sanders", enfatiza o cientista político.

Nesta quarta (4), Biden recebeu o apoio do ex-prefeito de Nova York Mike Bloomberg, que anunciou sua retirada da corrida, após fazer uma campanha milionária e fracassar nas urnas. O ex-vice-presidente já contava com o respaldo de seus ex-rivais Pete Buttigieg, que abandonou a disputa no domingo (1°), Amy Klobuchar, que desistiu na segunda-feira (2) e Beto O'Rourke, que havia jogado a toalha em novembro.

A saída dos moderados reduziu ainda mais o número de nomes pela candidatura democrata à Casa Branca, e abriu o caminho pelo centro para Biden que, segundo as pesquisas de intenção de voto, tem boas chances de vencer Donald Trump.

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