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Brasil-África

Nilda Lima: experiência brasileira aplicada nas comunidades moçambicanas

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Quando a brasileira Nilda Lima mudou-se para Moçambique, ela tinha mais de 20 anos de trabalho com Organizações Não Governamentais e populares no Brasil. A mudança aconteceu há 11 anos e mudou completamente a vida da alagoana de Maceió, graduada em Ciências Sociais e mestre em Ciência Política.

A alagoana Nilda Lima (centro) trabalha com desenvolvimento comunitário em Moçambique.
A alagoana Nilda Lima (centro) trabalha com desenvolvimento comunitário em Moçambique. Foto: António Cabral
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Fábia Belém, correspondente da RFI em Moçambique

“Eu queria ter uma experiência fora do país porque eu achava que o meu país não me bastava, não é? O mundo era muito maior do que isso. Então, eu queria sair, e era sair para me expor a outras coisas, a outra gente, a outras falas, a outras maneiras, outros jeitos. Apareceu uma oportunidade de ser assessora de desenvolvimento organizacional em Moçambique, para uma organização local moçambicana.”

Em Moçambique, Nilda trabalhou para diversas organizações internacionais. Ela conhece o país africano de norte a sul, dos centros urbanos às zonas rurais. O que tem feito, atualmente, envolve a área de saúde.

“Tem uma perspectiva de contribuir com o governo, especialmente, o Ministério da Saúde e as organizações que atuam nessa área para melhorar o desenvolvimento comunitário e a saúde comunitária.”

Experiência brasileira fortaleceu organizações locais

Nilda Lima dá treinamento em centro comunitário em Moçambique.
Nilda Lima dá treinamento em centro comunitário em Moçambique. Foto: António Cabral

No trabalho que Nilda desenvolve junto às comunidades moçambicanas, há uma forte presença do que ela aprendeu e experimentou no Brasil − a abordagem sobre desenvolvimento comunitário, “sobre a pedagogia do oprimido muito bem apresentada pelo Paulo Freire”, explica. “Eu acho que eu ‘bebi’ muito disso, e eu acho que eu trouxe essa experiência para cá de alguma maneira. E eu acho que isso fez diferença na vida das pessoas, nas formações que eu participei, nas organizações locais que eu ajudei a fortalecer.”

A partida e a saudade

Apesar de ter criado laços fortes com Moçambique, a brasileira diz que está chegando a hora de partir. “Do ponto de vista da minha experiência pessoal, eu acho que é hora de criar uma nova fase, de criar um novo caminho. Se calhar, ir para um outro país africano. Não sei para onde.”

Ao contrário da dúvida sobre qual vai ser a próxima paragem, Nilda tem certeza de que a escolha que fez 11 anos atrás mudou completamente a sua vida. “Mudou substancialmente a minha vida profissional, a minha experiência de mundo, o meu olhar e a minha relação com as pessoas, a minha maneira de falar e de analisar. Eu acho que isso é o que me faz ser o que eu sou hoje − essa experiência que eu consegui construir.”

Quando perguntada se vai ter saudade de Moçambique quando partir, responde rápido: “Sempre, sempre”.
 

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