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Equador

Presidente do Equador instaura toque de recolher em Quito para conter protestos

O presidente do Equador, Lenín Moreno, ordenou neste sábado (12) a instauração de um toque de recolher e de um controle militar em Quito e seus arredores. A medida visa conter as manifestações violentas que tomam conta do país há onze dias. A decisão do chefe de Estado foi anunciada logo após o principal movimento indígena equatoriano informar que iria apoiar um diálogo com Moreno.

Cada vez mais violentos, os protestos tomaram conta das ruas de Quito.
Cada vez mais violentos, os protestos tomaram conta das ruas de Quito. REUTERS/Henry Romero
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O toque de recolher entra em vigor às 15h pelo horário local. Segundo informou o próprio presidente pelas redes sociais, o objetivo é facilitar o trabalho da força pública diante dos atos de violência "intoleráveis”.

Neste sábado, manifestantes encapuzados atearam fogo e saquearam o prédio da Controladoria no norte de Quito. A sede foi atacada com bombas incendiárias e logo após um grupo de homens, a maioria deles com o rosto coberto ou usando capacete, invadir o imóvel.

As manifestações em Quito começaram há 11 dias. Os moradores protestam contra o fim dos subsídios decretado por Moreno, com base em um acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e que elevou os preços dos combustíveis em até 123%.

A revolta tomou conta das ruas e Moreno teve que transferir a sede do governo da capital Quito para a cidade portuária de Guaiquil.

Indígenas abertos ao diálogo

O toque de recolher foi decretado apesar de os movimentos indígenas, que também participam dos protestos, terem se mostrado abertos às discussões com o governo. Neste sábado, o grupo anunciou que apoiará o "diálogo direto" proposto pelo presidente, visando a negociar uma saída para a crise.

"Depois de um processo de consulta com as comunidades, organizações, povos, nacionalidades e organizações sociais, decidimos participar do diálogo direto" com o presidente, afirmou a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), em um comunicado.

A organização reconsiderou sua negativa inicial e aceitou um encontro com o chefe de Estado para discutir "a anulação ou a revisão do decreto" sobre as reformas econômicas. Mesmo assim, os indígenas, desta vez liderados pelas mulheres, foram às ruas novamente neste sábado.

 

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