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Colômbia / Drogas / Cocaína

Relatório da ONU mostra que produção de cocaína na Colômbia aumentou quase 6% em 2018

A fabricação de cocaína cresceu 5,9% em 2018 na Colômbia, o maior produtor mundial da droga, impulsionada por uma maior produtividade nas áreas de plantio da folha de coca e pela industrialização em seu cultivo, informou nesta segunda-feira (5) a ONU em Bogotá.

Um produtor de coca trabalha em uma plantação na zona rural de Policarpa, na Colômbia, em 15  de janeiro de 2017
Um produtor de coca trabalha em uma plantação na zona rural de Policarpa, na Colômbia, em 15 de janeiro de 2017 AFP/Luis Robayo
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A produção de cocaína no ano passado foi de 1.120 toneladas contra as 1.058 toneladas de 2017, apesar do ritmo de crescimento ter sido menor em relação aos dois anos anteriores, indica o relatório anual de monitoração de cultivos ilícitos da Agência das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (ONUDC).

O aumento se deve ao fato de a maioria das plantas de folha de coca, matéria-prima da cocaína, estarem em maior produtividade, com melhores técnicas de produção agrícola e renovações de arbustos existentes por cultivos, que produzem mais folhas, entre outros motivos.

O crescimento da produtividade contrasta com a leve queda de 1,2% da safra em 2018 anunciada na semana passada pelo UNODC e comemorada pelo presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez.

Área de plantação diminuiu

A área ocupada por plantações ilícitas foi de 169 mil hectares, enquanto em 2017 era de 171 mil, a primeira redução desde 2012, apesar da nação se manter em níveis históricos e como o principal cultivador mundial da folha. "O fato de ter tanto território sem intervenção está afetando a produtividade, que continua a crescer, assim estamos descobrindo que um hectare pode produzir 5,7 toneladas de coca" por ano, explicou Leonardo Correa, coordenador do Sistema Integrado de Monitoração de Cultivo Ilícitos (SIMCI) da ONUDC.

A maior produção da matéria-prima de cocaína é encontrada nas áreas de fronteira, nos departamentos de Nariño e Putumayo, nos limites com Equador e Peru, e no norte de Santander, próximo da Venezuela. O preço da cocaína também aumentou. Enquanto em 2017 um quilo de cocaína custava em média cerca de US$ 1.300 (pelo câmbio atual), no ano passado chegou a US$ 1.400.

As apreensões da droga caíram, passando de 434 toneladas em 2017 para 414 toneladas em 2018.

Estados Unidos é o maior consumidor

A Colômbia produz cerca de 70% da cocaína que circula no mundo e os Estados Unidos, que há quatro décadas investe recursos milionários para combater o narcotráfico, é seu principal consumidor.

Os americanos fazem pressão para que Iván Duque Márquez volte a autorizar o uso de aviões pulverizadores de glifosato, herbicida que destrói as plantações. O método havia sido suspenso em 2015 pelo ex-presidente colombiano por causa dos danos causados à população e ao meio ambiente.

Depois da Colômbia, os maiores produtores mundiais de coca são Peru e Bolívia, respectivamente.

(Com informações da AFP)

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