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Cerca de cem militares e policiais venezuelanos desertam e vão para a Colômbia

Um pouco mais de cem membros das forças armadas e de segurança da Venezuela desertaram desde sábado (23) e foram para a Colômbia, segundo informações do serviço de migrações colombiano. O movimento de dispersão acontece em meio ao conflito em torno da entrada da ajuda humanitária no país em crise, bloqueada pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Militares e policiais venezuelanos começaram a desertar no sábado (23)
Militares e policiais venezuelanos começaram a desertar no sábado (23) REUTERS/Bruno Kelly
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“Até agora, o serviço de migrações da Colômbia recebeu um pouco mais de cem membros das forças armadas da Venezuela, que saíram de seu país para fugir da ditadura de Nicolás Maduro”, disse o órgão neste domingo (24) em um comunicado. Os militares e policiais foram em sua maioria para o departamento Norte de Santander, na fronteira do estado venezuelano de Tachira.

Juan Guaidó, presidente interino autoproclamado e apoiado por diversos chefes de Estado, prometeu anistia aos membros das forças de segurança que rompessem com o governo de Maduro. As primeiras deserções ocorreram no sábado pela manhã. Maduro, acusado por seus adversários de fraudar a eleição à presidência, ainda tem o apoio do Exército, um dos pilares do poder no país.

Críticas à crise na Venezuela

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo neste domingo para que a “calma” seja estabelecida na Venezuela, pedindo a todos os atores sociais que reduzam as tensões e que façam de tudo para evitar uma situação ainda pior. Guterres ressalta a necessidade de não se render à violência e à força letal, não importa as circunstâncias. Ele também se disse “chocado e triste de saber que vários civis perderam a vida” no sábado, durante os confrontos com o Exército venezuelano.

A União Europeia também condenou neste domingo os atos de violência e o uso de "grupos armados" na Venezuela pelo governo de Nicolás Maduro para impedir a entrada de ajuda humanitária no país. "A recusa do regime em reconhecer a urgência humanitária conduz a uma escalada das tensões", lamentou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em um comunicado em nome dos 28 membros do bloco. Mogherini também disse que a UE está pronta para aumentar sua ajuda humanitária e para o desenvolvimento na Venezuela, com a intenção de acabar com o sofrimento dos mais vulneráveis.

O governo brasileiro também criticou os ataques e chamou Maduro de “ditador”. Neste domingo, dois militares venezuelanos pediram asilo no Brasil. Outro que condenou a violência na Venezuela foi o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmando que os Estados Unidos partiriam para a ação. Pompeo também disse acreditar que os dias de Maduro no poder estão contados.

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