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Venezuela/Violência

Aumenta pressão internacional contra Maduro, após violência nas fronteiras da Venezuela

Aumenta pressão internacional contra Nicolas Maduro, apos a violência nas fronteiras da Venezuela com Colômbia e o Brasil registrada nesse sábado. Desde a última sexta-feira (22), ao menos três pessoas morreram nos confrontos na cidade venezuelana de Santa Elena de Uiarén. Os caminhões carregados com toneladas de ajuda humanitária continuam bloqueados na fronteira.

Pessoas tentam salvar carga de caminhão com ajuda humanitária, incendiado na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela nesse sábado, 23 de fevereiro de 2019.
Pessoas tentam salvar carga de caminhão com ajuda humanitária, incendiado na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela nesse sábado, 23 de fevereiro de 2019. REUTERS/Marco Bello
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Os Estados Unidos ameaçam agir para apoiar o líder da oposição e presidente autoproclamado, Juan Guaidó, e permitir a entrada da ajuda humanitária no país. O secretário de Estado americano Mike Pompeo condenou, pelo Twitter, a ação das forças de segurança venezuelanas que reprimiram os manifestantes no sábado. O Brasil também condenou o uso da força.

Segundo a ONG Foro Penal, contrária ao governo de Maduro, a repressão fez ontem mais dois mortos na cidade venezuelana de Santa Elena, na fronteira com o Brasil. As vítimas, um adulto e um adolescente de 14 anos, foram atingidas por tiros. Na sexta-feira, uma mulher já havia morrido em confrontos na mesma região.

Centenas de feridos

Mais de 300 pessoas ficaram feridas, entre elas cidadãos colombianos informou Bogotá. Na fronteira com a Colômbia, os militares impediram, com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, a entrada de centenas de manifestantes e furgões carregados com alimentos e medicamentos pelas pontes que ligam as cidades venezuelanas de Ureña e San Antonio à colombiana Cúcuta, maior centro de armazenamento de ajuda. Um carro militar chegou a atropelar manifestantes.

Dois dos caminhões que transportavam ajuda foram incendiados na ponte fronteiriça Francisco de Paula Santander, entre Cúcuta e Ureña, e dezenas de pessoas tiravam sacos e caixas para evitar que as chamas consumissem a carga. Os seguidores de Guaidó acusaram civis armados apoiadores de Maduro pelo incêndio. O governo, por sua vez, responsabilizou o opositor e o presidente colombiano, Iván Duque, pela violência.

Reunião do grupo de Lima com presença de Guiadó

Em declarações à imprensa em Cúcuta, Juan Guaidó anunciou que vai participar na segunda-feira (25) da reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, e pediu à comunidade internacional que considere todas as opções sobre o governo de Nicolás Maduro. Desafinado Caracas, o líder da oposição está na Colômbia desde sexta-feira.

Mais cedo, o presidente autoproclamado da Venezuela, reconhecido por cerca de 50 países, chegou a anunciar que a ajuda havia passado a fronteira com o Brasil, mas os caminhões precisaram voltar à cidade fronteiriça de Pacaraima à tarde.

A ajuda humanitária continua bloqueada nos postos de fronteira, fortemente protegidos pelo exército venezuelano que continua fiel a Nicolás Maduro. O presidente recusa a ajuda, denunciando uma tentativa disfarçada de intervenção americana. Além de fechar as fronteiras, Maduro rompeu nesse sábado as relações diplomáticas com a Colômbia.

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