Em vídeo, coronel anuncia apoio a Guaidó e pede união para reconstruir Venezuela
O coronel Ruben Alberto Paz Jimenez, do exército venezuelano, anunciou em um vídeo divulgado neste sábado (9) que não reconhece mais a autoridade do presidente Nicolás Maduro e obedecerá as ordens do presidente interino Juan Guiadó.
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Nas imagens, divulgadas nas redes sociais, Jimenez pede aos membros das Forças Armadas que autorizem a entrada da ajuda humanitária bloqueada por Maduro na cidade fronteiriça de Cucuta, na Colômbia. Militares fiéis ao presidente Maduro bloquearam a passagem sobre a ponte internacional Las Tienditas.
“Peço aos membros das Forças Armadas que permitam a entrada de ajuda humanitária, assim poderemos salvar muitas vidas. O povo tem direito à saúde. Nas Forças Armadas, 90% de nós estamos descontentes, estamos sendo usados para mantê-los no poder. Sejamos corajosos, vamos nos unir, sem medo, nós, o povo e o presidente Guaidó. Juntos, podemos reconstruir a Venezuela”, diz.
Tropas devem reagir
Assim como a oposição, o coronel Paz Jimenez, que é médico, pede que as tropas reajam diante da falta de alimentos e medicamentos para a população. “Como médico, constato a problemática sanitária que vive o país”, disse. Em seu vídeo, o coronel Paz Jimenez não especificou onde estava, e pediu ao ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, que pensasse sobre seu próprio posicionamento. “A História o julgará”, acrescentou.
Há cerca de uma semana, o general Francisco Yanez, da Aeronáutica, também anunciou que não reconhecia mais a autoridade de Maduro. Ele foi o primeiro militar a demonstrar publicamente o apoio a Guiadó. O presidente da Assembleia Nacional se autoproclamou presidente interino no dia 23 de janeiro e o alto comando das Forças Armadas reafirmou várias vezes sua lealdade ao presidente Nicolás Maduro.
Colonel Ruben Alberto Paz Jiménez, who is the Deputy to the Directorate of the Military Hospital of Maracaibo denounces Maduro and recognises Juan Guaido as President of Venezuela#Venezuela #9F pic.twitter.com/PEyhrQkM1Z
CNW (@ConflictsW) 9 février 2019
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