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Venezuela

Conferência Episcopal da Venezuela contesta legitimidade de Maduro

O presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom José Luis Azuaje Ayala, declarou que a instituição é contra o novo mandato do presidente do país, Nicolás Maduro, que começa nessa quinta-feira (10). O anúncio reforça a contestação generalizada da reeleição, já expressada por boa parte da comunidade internacional.

Arcebispo de Maracaibo e presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, José Luis Azuaje Ayala (d), e o Secretário da Conferência Episcopal da Venezuela, Jose Trinidad Fernandez (e), durante coletiva a imprensa. 11/09/18
Arcebispo de Maracaibo e presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, José Luis Azuaje Ayala (d), e o Secretário da Conferência Episcopal da Venezuela, Jose Trinidad Fernandez (e), durante coletiva a imprensa. 11/09/18 Alberto PIZZOLI / AFP
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Dom José Luis Azuaje Ayala pediu uma “mudança integral na política das lideranças” por meio da “união dos venezuelanos dentro e fora do país”. A declaração foi feita nesta segunda-feira (7), durante um longo discurso de abertura da 61ª Assembleia Plenária do Episcopado, que acontece em Caracas.

"Tantas são as dúvidas sobre esse juramento, é legítimo, é ilegítimo?", perguntou Dom Azuaje, em alusão ao discurso de tomada de posse de Maduro, que começa o segundo mandato de seis anos. "A história, no momento apropriado", dará "seu veredito", disse o chefe da Conferência Episcopal, lembrando que a Venezuela atravessa uma crise inédita e que "prosseguir da mesma maneira significa levar as pessoas à beira do precipício". Segundo o prelado, "mudar completamente essas políticas é um objetivo do qual não se pode fugir e é urgente. É o desafio para o ano que começa".

UE pede nova eleição, "livre e justa"

A posição da entidade que reúne os bispos do país segue a linha de parte da comunidade internacional. Nessa terça-feira (8), a União Europeia pediu novamente que outro pleito, “livre e justo”, seja realizado no país. “Nós consideramos que a eleição presidencial não foi nem livre nem crível”, declarou a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic.

A representante de Bruxelas lembrou que o bloco europeu já impôs sanções a 18 personalidade venezuelanas, em razão da deterioração da democracia no país. A porta-voz insistiu que “uma solução pacífica, política e democrática é a única maneira de sair da crise na qual o país está mergulhado”.

Maduro, de 56 anos, vai prestar juramento ante o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) - e não diante o Congresso, único poder não governista. Ele foi reeleito em 20 de maio de 2018 em eleições boicotadas pela oposição, que denunciou a ocorrência de fraude. Além da União Europeia, o pleito não foi reconhecido pelos Estados Unidos, Canadá e 12 países latino-americanos.

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