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Canadá / Maconha / Desemprego

Maconha contribui para menor taxa de desemprego no Canadá em décadas

A taxa de desemprego no Canada não para de cair. Em novembro, chegou a 5,6%, ou seja 0,2 pontos a menos que em outubro e o melhor resultado desde 1976. Isso graças à chegada de novos empregos, gerados, principalmente, pela legalização da cannabis, segundo informou nesta sexta-feira (7) o Instituto Nacional de Estatística do país (Estatística Canada).

Homem fotografado após comprar em uma loja que vende maconha e produtos derivados da planta em Newfoundland and Labrador no Canada, 17/10/2018
Homem fotografado após comprar em uma loja que vende maconha e produtos derivados da planta em Newfoundland and Labrador no Canada, 17/10/2018 REUTERS/Chris Wattie/File Photo
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A economia canadense criou 94 mil empregos em novembro, impulsionada por um aumento de vagas de tempo integral, em setores como o de serviços profissionais científicos e técnicos, saúde e construção, detalhou Estatística Canada em um comunicado. Esse aumento mensal de vagas é o “maior desde 2012”, disse Royce Mendes, economista no banco CIBC (Canadian Imperial Bank of Commerce).

Legalizada desde o dia 17 de outubro deste ano, a maconha recreativa se tornou “uma fonte crescente” de trabalho, com 10.400 novas vagas criadas em novembro, uma alta de 266% em um ano, afirmou o instituto.

A maior parte dos empregos criados envolvem tarefas como a poda da planta. Os empregados do setor recebem, aliás, uma remuneração maior do que a média nacional, com um salário de $CAN 29,58 (R$ 86) por hora trabalhada, contra $CAN 27,03 (R$ 79) nos outros setores.

A iniciativa privada é a que gerou o maio número de vagas em novembro (+78.600), os empregos restantes tendo sido criados no setor público. A geração de empregos envolveu tanto mulheres quanto homens no principal grupo ativo (de 25 a 54 anos), mas também incluiu pessoas mais velhas.

O Estado de Quebec é o que mais se destacou, com 26 mil novas vagas em novembro, seguido por Alberta, Ontario e Colúmbia Britânica.

América do Sul

Na América do Sul, o Uruguai, que aprovou em 2013 uma inédita lei que permite o cultivo doméstico de até seis pés de maconha por residência, abrirá em fevereiro uma nova licitação para que cinco novas empresas comecem a produzir maconha com fins recreativos para ser vendida nas farmácias, informou o governo nesta quinta-feira (6).

A licitação, prevista para 11 de fevereiro, será para até cinco empresas que deverão produzir 2.000 kg de maconha por ano, em terrenos de três hectares que serão fornecidos pelo Estado uruguaio e contarão com segurança pelas autoridades, detalhou a Presidência.

A venda em farmácias está habilitada desde julho do ano passado. Mais de 31.000 pessoas se registraram para comprar. Além disso, existem ao menos 7.000 produtores e 110 clubes filiados, de acordo com os últimos números oficiais disponíveis.

O diretor do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (Ircca), Martín Rodríguez, destacou que as novas empresas se submeterão às mesmas "condições de venda, logística e sistema de pagamentos" das atuais: "duas toneladas por ano de produção e distribuição por companhia, 100% correspondente a folhas secas e embalagem nas condições estabelecidas" em pacotes herméticos.

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