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Lésbica, filha de imigrantes e veterana do exército: Gina Ortiz Jones luta por mais representatividade no Congresso americano

A norte Americana Gina Ortiz Jones, de 37 anos, pode fazer história nos Estados Unidos. Lésbica, de origem filipina e veterana do exército, ela está concorrendo no Congresso ao cargo de representante do 23° distrito, no Texas, um estado extremamente conservador. Nas eleições de meio de mandato desta terça-feira (6), a democrata disputa a vaga com o republicano Will Hurd.

Gina Ortiz Jones, veterana da Guerra do Iraque, concorre nas eleições de meio de mandato para representante dos EUA do 23º distrito congressional do Texas.
Gina Ortiz Jones, veterana da Guerra do Iraque, concorre nas eleições de meio de mandato para representante dos EUA do 23º distrito congressional do Texas. FacebookGinaOrtizJones
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Dos 36 representantes do Texas no Congresso atualmente, apenas três são mulheres. “Menos de 10%”, afirma Ortiz Jones em entrevista ao site InStyle. “Sabemos todos o quanto a representatividade é importante nesse momento, especialmente para mulheres. Você sabia que uma mulher que tem um bebê no Texas tem cinco vezes mais chances de morrer durante o parto? Representatividade igualitária muda quem está na mesa de negociação sobre esses temas importantes, como saúde, que afeta todos nós”.

Em seu site, Gina Ortiz Jones se descreve como uma mulher batalhadora, que lutou por seus direitos e pelo lugar que ocupa hoje na sociedade americana. Ela “aprendeu bem cedo que é preciso trabalho duro e oportunidade, além de sacrifício, para criar um melhor futuro”. Uma lição aprendida com sua mãe que, apesar de ter um bom diploma em seu país, foi aos Estados Unidos trabalhar como empregada doméstica, por acreditar que sua família teria mais chances de sucesso.

Tendo consciência de que muitas das oportunidades que ela e sua família tiveram só foram possíveis nos Estados Unidos, desde pequena ela sempre quis retribuir o favor. Após se graduar na Universidade de Boston em economia, Gina entrou para a Força Aérea americana e serviu no Iraque, sob a política do “Não pergunte, não conte” do Exército dos EUA.

Congresso pode criar ou apagar oportunidades

Após voltar para casa, Gina construiu uma carreira na área da segurança nacional e atuou, entre outras experiências, como conselheira em operações na América Latina e na África. Ela também trabalhou como Conselheira Senior em questões de reforço do comércio internacional, um posto criado pelo ex-presidente Barack Obama em 2012.

“Durante sua carreira, Gina viu em primeira mão os perigos associados ao enfraquecimento das instituições políticas e ao ataque à liberdade de imprensa, além do efeito de políticas que tiram a voz das mulheres e outras minorias”, diz o comunicado em seu site. “Atualmente, ela vê aqueles que deveriam estar liderando o país criando esse mesmo cenário em sua casa, enquanto famílias como a sua veem as oportunidades desaparecer”.

“Se eu vencer, serei a primeira veterana do Iraque, a primeira asiática, a primeira mulher neste distrito e a primeira lésbica assumida a representar o Texas”, disse Gina Ortiz à revista Elle. “Para mim, é sobre proteger a oportunidade de que minha história se torne possível para outros. Não é apenas para ser a primeira, mas porque membros do Congresso fazem três coisas: criam oportunidades, protegem oportunidades ou apagam oportunidades. Eles fazem isso com o voto e no silêncio. E sabemos o quão poderoso esse silêncio pode ser”.

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