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Eleições/EUA

Entre choque e frustração, comunidade negra se mobiliza para eleições de meio de mandato nos EUA

Depois do orgulho de ter tido Barack Obama por oito anos à frente dos Estados Unidos, a eleição de Donald Trump em 2016 foi um verdadeiro choque para a comunidade negra americana. Dois anos depois, os efeitos desse brutal despertar ainda são sentidos. Mas será que este sentimento será traduzido em votos em 6 de novembro?

Andrew Gillum, candidato democrata ao governo da Flórida, durante campanha em Fort Lauderdale.
Andrew Gillum, candidato democrata ao governo da Flórida, durante campanha em Fort Lauderdale. JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
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Stefanie Schüler, correspondente da RFI em Miami

"Na história do nosso país, todo grande progresso sempre chamou uma reação oposta", diz Steven, entrevistado pela RFI no centro de Miami, no sul dos Estados Unidos.

A reação conservadora ao advento da era Obama é sentida por Cassidy, uma jovem estudante afro-americana, todos os dias, durante os últimos dois anos: "Quando chamam a polícia, só porque você é negro, ou quando as pessoas te tiram de certos lugares ... Depois da eleição de Trump, nós realmente voltamos ao passado. E isso mostra onde nossa nação como um todo se encontra", afirmou.

A observação é amarga, mas leva a uma tomada de consciência. "É o custo de não votar", diz Steven. Na última eleição, 60 milhões de potenciais eleitores não votaram. "Não deve acontecer de novo", garantiu.

Mobilização

"Eu acho que a comunidade negra será muito ativa nestas eleições de meio de mandato", disse Cassidy. “A frustração nos dá a energia para nos defendermos. Quando as estatísticas forem divulgadas, espero que vejamos que muitos afro-americanos votaram nessas eleições porque estão começando a entender como é importante controlar o governo", completou.

E que maneira melhor de remobilizar o eleitorado afro-americano do que um candidato democrata como Andrew Gillum, que quer se tornar o primeiro governador negro da Flórida? "O fato de que Andrew Gillum é afro-americano acende uma faísca dentro das pessoas. Isso nos dá um orgulho especial", concluiu a estudante.

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