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Obama volta à cena política e critica Trump

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reapareceu na cena política nesta sexta-feira (7), repreendendo vigorosamente seu sucessor, Donald Trump e o Partido Republicano. O discurso do ex-presidente foi feito no estado do Illinois, onde ele incentivou os eleitores democratas a participarem as eleições de meio mandato americanas.

Barack Obama, faz discurso na campanha do Partido Democrata para as eleições de meio mandato.
Barack Obama, faz discurso na campanha do Partido Democrata para as eleições de meio mandato. REUTERS/John Gress
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Desde que deixou o cargo, Obama havia evitado criticar Trump e fez um esforço calculado para não falar o nome de seu sucessor. Mas isso mudou nesta sexta-feira. "O que aconteceu com o Partido Republicano?", perguntou Obama a um auditório lotado de estudantes universitários que o saudaram com uma ovação estrondosa. "Eles estão prejudicando nossas alianças, aproximando-se da Rússia", disse ele.

As declarações de Obama foram feitas no momento em que ele começa uma série de compromissos de campanha para ajudar colegas democratas nas eleições de meio mandato de novembro. Os democratas esperam conseguir provocar uma "onda azul" anti-Donald Trump para conquistar assentos na House of Representatives, a câmara baixa do Congresso americano, e também no Senado.

Discurso crítico

Em seu discurso, Obama criticou a política divisionista da era Trump, condenando os ataques à liberdade de imprensa, ao sistema de justiça, e inúmeras outras controvérsias. "Com toda certeza, deveríamos fazer frente inequivocamente a simpatizantes do nazismo", afirmou Obama, fazendo uma referência indireta ao fracasso de Trump em condenar de maneira rápida e direta os neonazistas que se manifestaram no ano passado em Charlottesville, Virginia.

Em uma formulação atípica, Obama falou diretamente de Trump, dizendo que ele era um "sintoma, não a causa" dos problemas mais amplos da política do país. "Ele está apenas capitalizando os ressentimentos que os políticos têm alimentado há anos", disse ele.

O ex-presidente pediu enfaticamente ao público jovem que vote nas próximas eleições. Historicamente, as eleições de meio mandato têm pouca participação. Obama fez questão de lembrar que apenas um a cada cinco jovens votaram no pleito deste tipo em 2014. "A maior ameaça à nossa democracia é o cinismo. (...) É preciso mais que retuitar uma hashtag, é preciso votar", disse Obama.

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