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EUA/Coreia do Norte

Trump diz que "resolveu problema com a Coreia do Norte" e cria linha direta com Kim Jong-Un

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (15) depois de sua reunião de cúpula com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, que "resolveu em grande parte" o problema nuclear da Coreia do Norte.

O líder norte-coreano Kim Kong-Un e o presidente americano Donald Trump em Singapura
O líder norte-coreano Kim Kong-Un e o presidente americano Donald Trump em Singapura (Foto: Anthony Wallace/Pool via Reuters)
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O chefe de Estado norte-americano afirmou que o encontro histórico e a "boa relação" entre os dois líderes tornaram possível o processo supervisionado de desmantelamento do arsenal nuclear norte-coreano. "Eu dei um número direto para que ele possa ligar se tiver algum problema. Eu posso ligar para ele. Temos uma boa comunicação e isso é bom", afirmou Trump em conversa com jornalistas nos jardins da Casa Branca.

Segundo o presidente americano, o perigo de uma guerra nuclear com a Coreia do Norte, era real e estava na agenda americana. Esse tema, inclusive, foi tratado em novembro de 2016, quando, recém-eleito, Trump reuniu com seu antecessor Barack Obama. "Quando eu me reuni com Barack Obama, ele me disse que o maior problema dos Estados Unidos, de longe, era a Coreia do Norte”, explicou. "Eu resolvi esse problema. Essa questão está resolvida em grande parte".

Fim do programa nuclear

Antes da reunião de 12 de junho, Washington afirmou que o principal objetivo era uma "completa, verificável e irreversível desnuclearização da Coreia do Norte”, mas no texto assinado em Singapura pelos dois líderes, Kim se compromete a "uma completa desnuclearização da península coreana", uma frase vaga que repete uma promessa feita em outras ocasiões, mas que nunca foi cumprida.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, reafirmou na quinta-feira (14) o principal objetivo americano, assegurando que as fortes sanções contra Pyongyang iriam se manter até que a desnuclearização fosse concluída. Entre os círculos conservadores, que antes defenderam a política externa de Trump, muitos analistas concordam que há "lacunas significativas" entre os objetivos americanos e a vaga retórica utilizada no acordo final.

Exercícios militares

Trump também respondeu às críticas sobre a possível interrupção dos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul. "Desde que cheguei à Casa Branca não estive de acordo com esses exercícios. Pagamos milhões e milhões de dólares por aviões e todas essas coisas".

O ministro americano da Defesa, Jim Mattis, disse nesta sexta que seu país permanece atento sobre o tema nuclear da Coreia do Norte, apesar de a reunião ter aberto um "possível novo caminho para a paz". O histórico encontro "demonstra que 'o passado não tem que definir o futuro'", disse Mattis da cidade de Newport, em Rhode Island, repetindo uma frase usada por Trump na reunião.

"Mas, apesar de hoje existir um possível novo caminho para a paz com a Coreia do Norte, continuamos atentos e na busca de armas nucleares em todo o mundo", disse chefe do Pentágono, que presidiu uma cerimônia de graduação de uma escola de guerra.

(Com informações da AFP)

 

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