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Estados Unidos/ combustíveis

Motoristas protestam contra preço da gasolina em Nova York

Motoristas de Uber e outros serviços de transporte individual protestaram neste sábado (2) em Nova York contra o aumento dos preços da gasolina nos Estados Unidos. Eles afirmam que o combustível está de 30 a 45% mais caro e, apesar da alta, não podem cobrar mais dos clientes pelo valor da corrida.

Alta dos preços do petróleo no mercado internacional tem repercussão direta nos postos. (Foto de arquivo, 31/05/2017)
Alta dos preços do petróleo no mercado internacional tem repercussão direta nos postos. (Foto de arquivo, 31/05/2017) BENJAMIN CREMEL / AFP
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O aumento dos combustíveis ocorre no mundo inteiro, devido à elevação do preço do petróleo no mercado internacional. Em países como os Estados Unidos, que aplicam poucas taxas aos combustíveis, a alta se repercute imediatamente nos postos.

A mudança tem impacto direto na renda dos trabalhadores que dependem de veículos. Os motoristas reclamam que as poucas medidas adotadas pelo aplicativo, como desconto de 3% nos postos ExxonMobil, são insuficientes para compensar as perdas. “Entre o início de maio e hoje, encher o tanque está me custando US$ 50, em vez de US$ 39”, afirmou Fahd G., motorista de Uber há três anos.

O preço do galão de gasolina (de cerca de 3,8 litros) chegou a US$ 3,1 no estado de Nova York, superior aos US$ 2,97 da média americana. No início de maio, o galão era comercializado a US$ 2,94 e US$ 2,81, respectivamente.

A alta tem sido progressiva nos últimos dois anos. Em agosto de 2016, os valores eram 37% mais baratos do que hoje, ou seja, US$ 2,6 por galão, em média. “Eu já estava acostumado a encher o tanque todas as manhãs por US$ 30, mas esse preço subiu progressivamente para US$ 40 e agora, US$ 45”, lamenta o motorista, que trabalha até 12 horas por dia nas ruas nova-iorquinas.  

Carga tributária na Europa

Na Europa, a carga tributária elevada sobre os combustíveis amortece a alta e a baixa do preço do petróleo no mercado internacional. Mas os motoristas europeus também começam a sentir os efeitos do aumento dos preços nos últimos meses.

Em maio, o petróleo subiu ainda mais após o anúncio de que os Estados Unidos se retiraram do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano. Com a medida, há temores de que o Irã, um dos grandes produtores mundiais de petróleo, não consiga mais escoar a produção para os clientes ocidentais, devido ao retorno das sanções americanas ao país. As incertezas sobre o futuro da produção da Venezuela também contribuem para o aumento generalizado dos preços.

Com informações da AFP

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